Como
qualquer cidadão não gosto de aldrabices, esquemas, vigaristas. Menos ainda
quando eu mesmo sou vítima deles.
Mas,
mesmo que ande alerta tentando fugir disso, volta e meia lá sou apanhado numa.
Não é este o caso, que dificilmente me enrolam com esta, mas aqui fica o aviso.
O
serviço de táxi é tabelado. Em função do percurso, na zona onde acontece, o horário,
com ou sem bagagem, se chamado via rádio… está tabelado e o taxímetro é
controlado.
Portanto,
por aí, não é fácil fazer golpadas.
São
conhecidos os casos, infelizmente, de alguns motoristas que optam por percursos
notoriamente mais longos. Uma espécie de “voltinha turística”, em que nada é
errado ou vigarizado excepto o trajecto. Ideal para ser aplicado a turistas por
motoristas menos honestos.
Há,
no entanto, um outro esquema, perfeitamente legal, em vigor na cidade de
Lisboa. Não sei se noutras.
Viaturas
como esta.
Por
terem mais lugares para passageiros (seis ou oito, no lugar de quatro), o taxímetro
está calibrado para cobrar mais pelo mesmo trajecto. Fará sentido para grupos
maiores, já que a viatura será mais cara (talvez) o consumo maior (talvez).
Não
faz é sentido algum que um só passageiro pague mais nestes carros que noutros só
com quatro lugares. Pela parte que me toca, até pode ter 72 lugares.
Claro
que as regras dos táxis implicam avisos como este que se mostra na imagem. Dois
avisos: um no vidro frontal, no canto superior direito, outro junto à porta de
trás da direita. Aquela por onde entram a maioria dos clientes.
Alguns
industriais de táxi, no entanto, tentam encontrar formas de não “espantar” o
utente solitário. No caso específico deste carro, tendo os vidros fumados, está
posto no lugar regulamentar mas, sendo que os vidros são escurecidos, mal se vê
do exterior. Ele está lá, logo acima do sinal de “não fumadores”. Mas se este,
o relativo a fumadores, está no exterior, já o relativo a preços está no
interior. Quase invisível.
Outros
industriais, não tendo os vidros escurecidos, optam por outra técnica: colocam
o aviso de preço no último vidro, pertinho mesmo da porta da bagageira. Está na
zona regulamentar, mas completamente fora de onde um utente normal possa olhar
ao entrar.
Truques
e esquemas.
Tão
ou mais grave que isto é o estes táxis circularem na cidade e estarem nas
respectivas praças sem mais aviso e misturados com os outros. A menos que tenha
o hábito de verificar tudo o que está afixado, o utente incauto já foi apanhado
na armadilha e vai pagar mais vinte por cento que no carro convencional.
Isto
já tem dado tais confusões que alguns industriais, não querendo ser confundidos
e possuindo viaturas semelhantes por fora, têm afixado no vidro ou na porta um
aviso em letras brancas e bem visíveis: “Táxi de preço normal”.
Não
tenho carro e acontece-me, de vez em quando, recorrer a táxis. Regra geral
quando tenho pressa. E já tenho tido algumas discussões com motoristas por
recusar ser transportado em viaturas destas. Normalmente quando escolho a
segunda, normal, sendo uma destas a primeira na praça. Mas neste esquema não
alinho. E lamento profundamente que as regras existentes não impliquem uma
muito maior visibilidade às diferenças existentes: fosse na cor da viatura,
fosse no tamanho e visibilidade do dístico, fosse numa outra informação
interior…
Fica
o aviso: quando quiserem viajar de táxi e se tratar de um carro de cinco
portas, verifiquem bem primeiro que tipo de cobrança é feita.
By me
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