quarta-feira, 2 de julho de 2014

Aviso



Como qualquer cidadão não gosto de aldrabices, esquemas, vigaristas. Menos ainda quando eu mesmo sou vítima deles.
Mas, mesmo que ande alerta tentando fugir disso, volta e meia lá sou apanhado numa. Não é este o caso, que dificilmente me enrolam com esta, mas aqui fica o aviso.

O serviço de táxi é tabelado. Em função do percurso, na zona onde acontece, o horário, com ou sem bagagem, se chamado via rádio… está tabelado e o taxímetro é controlado.
Portanto, por aí, não é fácil fazer golpadas.
São conhecidos os casos, infelizmente, de alguns motoristas que optam por percursos notoriamente mais longos. Uma espécie de “voltinha turística”, em que nada é errado ou vigarizado excepto o trajecto. Ideal para ser aplicado a turistas por motoristas menos honestos.
Há, no entanto, um outro esquema, perfeitamente legal, em vigor na cidade de Lisboa. Não sei se noutras.
Viaturas como esta.
Por terem mais lugares para passageiros (seis ou oito, no lugar de quatro), o taxímetro está calibrado para cobrar mais pelo mesmo trajecto. Fará sentido para grupos maiores, já que a viatura será mais cara (talvez) o consumo maior (talvez).
Não faz é sentido algum que um só passageiro pague mais nestes carros que noutros só com quatro lugares. Pela parte que me toca, até pode ter 72 lugares.
Claro que as regras dos táxis implicam avisos como este que se mostra na imagem. Dois avisos: um no vidro frontal, no canto superior direito, outro junto à porta de trás da direita. Aquela por onde entram a maioria dos clientes.
Alguns industriais de táxi, no entanto, tentam encontrar formas de não “espantar” o utente solitário. No caso específico deste carro, tendo os vidros fumados, está posto no lugar regulamentar mas, sendo que os vidros são escurecidos, mal se vê do exterior. Ele está lá, logo acima do sinal de “não fumadores”. Mas se este, o relativo a fumadores, está no exterior, já o relativo a preços está no interior. Quase invisível.
Outros industriais, não tendo os vidros escurecidos, optam por outra técnica: colocam o aviso de preço no último vidro, pertinho mesmo da porta da bagageira. Está na zona regulamentar, mas completamente fora de onde um utente normal possa olhar ao entrar.
Truques e esquemas.
Tão ou mais grave que isto é o estes táxis circularem na cidade e estarem nas respectivas praças sem mais aviso e misturados com os outros. A menos que tenha o hábito de verificar tudo o que está afixado, o utente incauto já foi apanhado na armadilha e vai pagar mais vinte por cento que no carro convencional.
Isto já tem dado tais confusões que alguns industriais, não querendo ser confundidos e possuindo viaturas semelhantes por fora, têm afixado no vidro ou na porta um aviso em letras brancas e bem visíveis: “Táxi de preço normal”.

Não tenho carro e acontece-me, de vez em quando, recorrer a táxis. Regra geral quando tenho pressa. E já tenho tido algumas discussões com motoristas por recusar ser transportado em viaturas destas. Normalmente quando escolho a segunda, normal, sendo uma destas a primeira na praça. Mas neste esquema não alinho. E lamento profundamente que as regras existentes não impliquem uma muito maior visibilidade às diferenças existentes: fosse na cor da viatura, fosse no tamanho e visibilidade do dístico, fosse numa outra informação interior…

Fica o aviso: quando quiserem viajar de táxi e se tratar de um carro de cinco portas, verifiquem bem primeiro que tipo de cobrança é feita.

By me 

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