quarta-feira, 12 de junho de 2013

RFM ou LPM



Tenho disto aos montinhos.
Ele é uma prateleira com eles avulso, ele é uma caixa de cartão, grande, com eles todos baralhados, ele é uma gaveta onde estão os mais recentes, ele é pastas no PC onde estão os que fui rapinar na web… tenho disto aos montinhos. De fotografia, ferramentas, informática, seja do que for.
Venho-os guardando quase desde que me recordo de os usar. Os manuais de instruções são uma literatura especializada que convém possuir e aceder em casos de dúvidas, tanto no início do uso do respectivo equipamento como mais tarde, quando temos problemas ou incertezas sobre o que estamos a fazer.
Alguém disse, e eu tenho isso como um dogma, que boa parte das menos boas fotografias que se fazem são devidas à não leitura do manual de instruções e ao desconhecimento do que a câmara é capaz de fazer e em que circunstâncias.
E é por isso que recomendo a todos, sem excepção, a técnica do RFM (read the fuking manual) ou LPM em português (ler a porcaria do manual). Muito principalmente nos tempos que correm, em que os menus e os ícones usados nas câmaras variam com os fabricantes, com alguns de acesso meio escondido e funções pré-programadas que não correspondem aos desejos dos utilizadores.
Este veio parar-me às mãos de uma forma menos comum. Nem por necessidade minha nem por necessidade de ajudar alguém. Encontrado na rua, numa zona de divertimento nocturno, bem encaixado entre uma parede e uma boca de incêndio.
Posso presumir que o seu anterior proprietário fosse turista e que, acedendo à sua mala numa noite de laser, dela tenha caído e ficado no escurinho.
A reciclagem industrial não lhe dará uso e irá ficar junto com os demais aqui em casa. Quem sabe se, um dia, alguém não necessitará de uma dica extra?

Ou se, quando o acesso ao conteúdo de um CD for tão difícil quanto é hoje ao de uma disquete 5 1/2 , esta não será uma peça preciosa para um qualquer coleccionador?

By me 

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