Aconteceu
há uns anos.
A
empresa onde trabalho entrou em greve por três dias. Segunda, terça e quarta.
Sendo
que temos horários díspares, os tais que alguns entendem por privilégios, alguns
de nós não estariam em horários de trabalho em alguns desses dias. Ou porque de
folga, ou porque de férias.
Porque
a essas pessoas, nessas circunstâncias, não seriam descontados esses dias de
greve, propus eu o seguinte:
Por
sectores de trabalho, essas pessoas contribuiriam, com o valor do que lhes
seria descontado se estivessem de greve, para um saco comum, a dividir por
todos. Assim, o sacrifício seria igual ou proporcional para todos e o auxílio
também, que três dias de descontos é obra.
Da
boca de um colega de trabalho ouvi o seguinte: “Oh JC! Se estás com problemas
de dinheiro, faz como eu: pede ao banco.”
De
pouco adiantou dizer que eu estaria de folga em dois desses três dias e que
estaria a contribuir bem mais que a receber.
Nada
aconteceu.
Entre
o partilhar e o dar há uma fronteira. Ténue, mas existe.
Mas
aqueles que nem sequer entram em território de partilha pouca consideração
merecem da minha parte.
By me
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