Este é, provavelmente, o evento público em que tenho mais escrúpulos em fotografar gente.
Se
bem que um desfile de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais seja uma afirmação
pública do seu direito a serem o que são, para além de tabus e de conceitos
sociais castrantes e segregadores, talvez que nem todos os que nele comparecem
estejam na disposição que a publicidade que fazem seja para todo o país ou
mundo.
A
minha presença neste evento é para divulgar o direito de cada um ser o que é ou
quer ser, nunca para indicar ou denunciar as opções de cada um.
É
sempre um desafio que tenho, entre a ética do respeitar a individualidade e o
fazer de imagens que divulguem a mensagem. Mesmo nas imagens de multidão.
Neste
caso, mais que em qualquer outro, o resultado final passa sempre por dois
crivos, ou dois momentos de decisão equivalentes: aquando do fazer a fotografia
e na escolha posterior. E se o primeiro acontece no calor da acção, tantas
vezes marcada pela estética, pela luz, pela invulgaridade do enquadrado, o
segundo, a frio, é implacável.
Isto
foi o que sobrou do dia 22 de Junho de 2013.
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By me
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