Oiço
uma senhora jornalista, de um jornal diário lisboeta, afirmar na TV com uma
certeza inabalável:
“A
Democracia só se faz com partidos e numa democracia representativa os partidos
são imprescindíveis.”
Ora
se considerarmos que os partidos políticos são entidades privadas (só para lá
entra quem é aceite pelos seus membros e não quem o quer) temos então que a
Democracia depende de entidades privadas e não do Povo.
E
sendo igualmente certo que quem faz as leis são os deputados e que estes só
acedem ao Parlamento se pertencerem a listas de partidos políticos, temos que
as leis deste país, supostamente feitas em Democracia, dependem de entidades privadas
e não da vontade livre e inequívoca do Povo.
Indo
mais longe: a gestão das coisas públicas (orçamentos, funcionalismo público,
monumentos e património, justiça, saúde, segurança, defesa, educação…) depende
de um governo, seleccionado a partir do Parlamento. E sendo este constituído por
entidades privadas, são entidades privadas que gerem a coisa pública, bem à
margem da vontade e decisão do Povo.
Razão
tinha o Mestre, aviltado e exilado.
By me
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