Chiado,
Lisboa, nove e meia da noite.
Sou
abordado por um casal que me pede um cigarro. E acho-lhes graça.
A
conversa trava-se em Inglês e eles têm “pinta” de virem de um qualquer lugar da
Europa. Quando questionados sobre o de onde, respondem-me que de Lisboa. Ora
batatas!
A
minha insistência, naqueles dez minutos de troca de palavras, para que usássemos
o nosso comum tuga como língua foi inconsequente. Mais ela que ele, insistiam
em se expressar em Inglês. Fiquei na dúvida se esta opção linguística de devia
a um estilo de vida dito “marginal” se ao álcool que, a esta hora, já abundava
naqueles corpos. E ameaçava aumentar, a ter em conta as garrafas de vinho que
tinham com eles.
Fosse
como fosse, propus-lhes o “negócio” habitual: cigarro por uma fotografia. Ele não
o quis, ela acedeu, brincando com o eventual “não gostar” do marido. É
interessante observar como é sempre mais fácil fotografar elas que eles.
A
luz disponível era a de um cartaz publicitário, fraquinha mesmo, não chegando
para me concentrar no seu olhar, bonito como se vê. Fiquei-me por um retrato, o
possível dadas as condições.
O
que nunca saberei ao certo é se a falta de nitidez perfeita se deveu a
dificuldade de foco da minha câmara de bolso, se de eu ter tremido a dita ou se
por a mocinha (ou já não tanto) já não se aguentar muito firme nas pernas.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário