sexta-feira, 8 de maio de 2015

Basta





O mês de Abril já se foi, o mês de Maio está quase a meio.
As contestações de rua estão hibernadas. As forças, organizações e movimentos, mais alinhados ou mais dissonantes, estão como que a ganhar forças para o combate eleitoral que se avizinha daqui a uns meses.
E os cidadãos já se aperceberam que, mesmo então, será mais do mesmo, com a alternância que nos caracteriza, numa continuidade enfadonha e terrífica.
Que os nomes mudam, mas as linhas mestras, mesmo que não confessas, serão as mesmas, mais detalhe, menos pormenor.
Os líderes de hoje serão as oposições amanhã, e vice-versa. E daqui por quatro anos, se nada interromper o ciclo legal, de novo se invertem as posições, num contar de espingardas para proteger amigos e correligionários.
Os outros, os muitos outros, os imensos outros, continuarão na mesma, sempre na mó de baixo a alimentar um sistema fechado de poder, em que quase nada muda que não as personagens.

Poderíamos aproveitar o embalo eleitoral para uma real mudança, para uma alteração do status quo, privilegiando os cidadãos e não as organizações.
Isto se os portugueses acordassem e usassem o que têm entre as orelhas.
Mas não me parece que aconteça.
Para mal de todos nós e dos vindoiros!

By me

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