segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vão pó



Enquanto me surpreendia, deliciava e fotografava esta árvore assim “decorada”, num banco próximo uma senhora comentava:
“Pintarem assim uma árvore tão bonita…!”
As circunstâncias não me permitiam alongar-me em explicações, p’lo que acabei por ficar calado.
Mas, podendo, sempre lhe diria que esta árvore não foi pintada mas antes serviu de cartaz.
Que os cartazes são, regra geral, feitos de papel e este de madeira. Poupou-se todo o processo de transformação.
Que a árvore sobreviverá ao escrito, ao mudar a casca.
Que este cartaz, feito em frente a uma escola secundária em Lisboa, durará muito mais que qualquer outro feito de papel.
Que esta afirmação de revolta juvenil é perfeita.
Que tenho pena que tenhamos “crescido” a ponto de já quase nem pensarmos, quanto mais escrevermos, coisas como esta.

Palmas a quem o escreveu!

By me

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