É aquela hora parda em que nem é nem deixa de ser.
Os passos aceleram-se como se com a noite viessem todos os perigos e frios deste e do outro mundo.
Com os olhos enfiados na calçada, por mor de algum buraco desconhecido, ou nos stops do carro da frente, volta e meia repara-se no relógio.
“Ainda vou a tempo do comboio?”
“Será que esperam um pouquinho mais no infantário?”
“Caramba, logo agora aqueles dois haviam de bater! Ao menos não parece haver feridos!”
E raramente se olha para cima, para aquele espaço que fica algures entre o aqui e o infinito, onde quer que ele seja.
E é neste momento mágico, em que a luz faz das suas, que deveríamos levantar os olhos e ver o que lá há. São uns segundos apenas, que um escurece, o outro clareia em menos de nada.
Mas neste intervalo em que nem é nem deixa de ser, podemos todos ser.
Tão magos quanto a luz!
Os passos aceleram-se como se com a noite viessem todos os perigos e frios deste e do outro mundo.
Com os olhos enfiados na calçada, por mor de algum buraco desconhecido, ou nos stops do carro da frente, volta e meia repara-se no relógio.
“Ainda vou a tempo do comboio?”
“Será que esperam um pouquinho mais no infantário?”
“Caramba, logo agora aqueles dois haviam de bater! Ao menos não parece haver feridos!”
E raramente se olha para cima, para aquele espaço que fica algures entre o aqui e o infinito, onde quer que ele seja.
E é neste momento mágico, em que a luz faz das suas, que deveríamos levantar os olhos e ver o que lá há. São uns segundos apenas, que um escurece, o outro clareia em menos de nada.
Mas neste intervalo em que nem é nem deixa de ser, podemos todos ser.
Tão magos quanto a luz!
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