Não tão poucas vezes quanto isso me pergunto da utilidade de alguns dos trabalhos a que me proponho.
No caso concreto, refiro-me à recuperação, para suporte digital, do meu arquivo de filmes.
Encontram-se, originalmente, em cassetes VHS. E sabemos, sem grandes dificuldades, que as fitas magnéticas vão perdendo qualidades e deteriorando o seu conteúdo com o passar do tempo. A menos que estejam guardadas em condições ideais de temperatura e humidade e a salvo de campo magnéticos parasitas. Forma de arquivo que eu não tenho, já que se trata de muitas centenas de cassetes, guardadas em caixotes de cartão. Tento que não estejam sujeitas a humidades estranhas, mas quanto ao resto não tenho forma de as preservar.
Foi assim que, há uns meses, decidi tentar prolongar-lhes a vida, senão aos suportes, pelo menos aos conteúdos. Dediquei dois computadores em exclusivo ao trabalho e, aos poucos, tenho-o vindo a fazer. Ocupam-me um pedaço de tempo de cada dia, desde as capturas, aos renderings, terminando nas gravações finais, mas vai sendo feito.
Pela quantidade que consigo fazer por unidade de tempo, considerando o custo de suportes envolvidos e apesar de ter vindo a encontrar soluções economizadoras de tempo, estou em crer que, lá para o final do ano, com sorte e sem avarias de monta, terei a empreitada terminada.
No entanto, duas questões pertinentes se levantam.
A primeira, de ordem prática-ecológica, é que não sei o que fazer às cassetes já transcritas. Falo aqui de muitas centenas e não me apetece ter a atitude convencional de a jogar no lixo sem mais nada. Já consultei diversos organismos, públicos e privados, e em nenhum me foi dada uma solução não poluente para este material. Plástico de vários tipos, metal convencional, metal vaporizado. De momento vou-as conservando por cá, mas terei que lhes dar destino.
A segunda é mais complicada de resolver, já que se trata de saber para que serve este arquivo imenso. Noventa e muitos por cento destes filmes vi-os e com isso aprendi. Boa parte deles são de qualidade média ou baixa, já que a programação televisiva (aberta ou de cabo) não prima exactamente pela excelência do que transmite. Por outro lado, com a colocação no mercado de DVD’s de tantos títulos, boa parte dos que possuo são encontráveis por aí, para já não falar nos circuitos não tão legais. Acrescente-se que, daqui por uns anitos, talvez não tantos quanto isso, o suporte DVD será obsoleto como já o é o Vinil ou o Betamax. Apenas alguns, nesse futuro, estarão em condições de ver o que aqui conste, tal como eu consigo hoje aceder a estes formatos mais antigos, bem como a alguns outros. E, outros tantos anos depois, os suportes que hoje são “A novidade” e “O Futuro”, serão transformados em velharias, empurrados para um canto pelos fabricantes que quererão que troquemos o que possuímos por aquilo que vão pondo no mercado, aliciados que seremos pela “novidade” e por uns extras que, as mais das vezes, ninguém lhes dá uso.
Assim, terá alguma utilidade o fazer ou refazer este arquivo?
Estou em crer que sim!
Para além do meu próprio prazer em rever este ou aquele filme, talvez haja algum “maduro” (coleccionador ou pedagogo) que queira passar os olhos por uma colecção destas.
Entretanto, vou fazendo o que me propus, tentando que as dúvidas me não atrapalhem.
No caso concreto, refiro-me à recuperação, para suporte digital, do meu arquivo de filmes.
Encontram-se, originalmente, em cassetes VHS. E sabemos, sem grandes dificuldades, que as fitas magnéticas vão perdendo qualidades e deteriorando o seu conteúdo com o passar do tempo. A menos que estejam guardadas em condições ideais de temperatura e humidade e a salvo de campo magnéticos parasitas. Forma de arquivo que eu não tenho, já que se trata de muitas centenas de cassetes, guardadas em caixotes de cartão. Tento que não estejam sujeitas a humidades estranhas, mas quanto ao resto não tenho forma de as preservar.
Foi assim que, há uns meses, decidi tentar prolongar-lhes a vida, senão aos suportes, pelo menos aos conteúdos. Dediquei dois computadores em exclusivo ao trabalho e, aos poucos, tenho-o vindo a fazer. Ocupam-me um pedaço de tempo de cada dia, desde as capturas, aos renderings, terminando nas gravações finais, mas vai sendo feito.
Pela quantidade que consigo fazer por unidade de tempo, considerando o custo de suportes envolvidos e apesar de ter vindo a encontrar soluções economizadoras de tempo, estou em crer que, lá para o final do ano, com sorte e sem avarias de monta, terei a empreitada terminada.
No entanto, duas questões pertinentes se levantam.
A primeira, de ordem prática-ecológica, é que não sei o que fazer às cassetes já transcritas. Falo aqui de muitas centenas e não me apetece ter a atitude convencional de a jogar no lixo sem mais nada. Já consultei diversos organismos, públicos e privados, e em nenhum me foi dada uma solução não poluente para este material. Plástico de vários tipos, metal convencional, metal vaporizado. De momento vou-as conservando por cá, mas terei que lhes dar destino.
A segunda é mais complicada de resolver, já que se trata de saber para que serve este arquivo imenso. Noventa e muitos por cento destes filmes vi-os e com isso aprendi. Boa parte deles são de qualidade média ou baixa, já que a programação televisiva (aberta ou de cabo) não prima exactamente pela excelência do que transmite. Por outro lado, com a colocação no mercado de DVD’s de tantos títulos, boa parte dos que possuo são encontráveis por aí, para já não falar nos circuitos não tão legais. Acrescente-se que, daqui por uns anitos, talvez não tantos quanto isso, o suporte DVD será obsoleto como já o é o Vinil ou o Betamax. Apenas alguns, nesse futuro, estarão em condições de ver o que aqui conste, tal como eu consigo hoje aceder a estes formatos mais antigos, bem como a alguns outros. E, outros tantos anos depois, os suportes que hoje são “A novidade” e “O Futuro”, serão transformados em velharias, empurrados para um canto pelos fabricantes que quererão que troquemos o que possuímos por aquilo que vão pondo no mercado, aliciados que seremos pela “novidade” e por uns extras que, as mais das vezes, ninguém lhes dá uso.
Assim, terá alguma utilidade o fazer ou refazer este arquivo?
Estou em crer que sim!
Para além do meu próprio prazer em rever este ou aquele filme, talvez haja algum “maduro” (coleccionador ou pedagogo) que queira passar os olhos por uma colecção destas.
Entretanto, vou fazendo o que me propus, tentando que as dúvidas me não atrapalhem.
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