domingo, 27 de julho de 2008

Depleted


Entrei naquele espaço com o desconforto de quem vai levar um amigo ou parente ao hospital, sabendo que lá irá ficar para ser operado. Mais ainda, sabendo-o padecendo de doença súbita, não previsível e sem explicação.
Primeiro a admissão, com o autoritário segurança a carimbar papeis e a indicar para onde ir.
Depois a triagem, onde um técnico tenta perceber se o que se está a contar é verdade ou apenas uma desculpa para ali estar. Bem como da gravidade da situação.
Finalmente surge alguém com ar de quem sabe alguma coisa do assunto e que decide se o tratamento é para ser feito, logo ali e na hora, ou se o paciente tem que ser levado lá para dentro, para aqueles locais onde são abertos, sondados, observados e tratados.
E, depois de preenchida a papelada, assinada e confirmada, lá ficou ela, a minha câmara fotográfica, entregue para reparação.
Felizmente que, de acordo com a actual lei, e visto ainda se encontrar dentro do prazo de garantia, o trabalho terá que ser efectuado no prazo máximo de trinta dias, após os quais a loja terá, se tal não suceder, que entregar equipamento igual novo ou devolver o dinheiro pago para ser usado noutro equivalente.
Se a coisa correr pelo pior e a avaria não for reparada, espero que ainda tenham algum modelo Pentax para venda, que eles são pouco cá pelo país.

A avaria? Estranha! Opinião minha bem como de quem me atendeu.
Em ligando a câmara, indica que o estado das baterias é “esgotado”. Mesmo que estas sejam novinhas em folha e com a carga máxima. E, com esta indicação, tudo funciona (menus, ver imagens, auto focus) excepto o mais importante: fotografar. Ao premir o disparador aparece esta irritante e intrigante indicação: “Battery depleted”! E não há mais nada a fazer!

A fotografia aqui exibida está tremida? Não espantem! A raiva que sentia ao constatar a avaria era tal que não me permitiu a tranquilidade suficiente para tal registo!



Texto: by me
Imagem: by an angry me

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