Poderia ter usado qualquer outra fotografia de quaisquer outras pernas. Afinal, toda a gente tem duas pernas, a menos que se sofra de uma qualquer diminuição.
Mas o caso passou-se com estas mesmas pernas e fiz questão de usar as protagonistas para o contar.
Suportam elas, nos seus breves e recentes vinte anos, a ingrata tarefa de percorrerem diariamente o trajecto casa/trabalho e retorno. E é ingrata porque, pela certa, lhes apetece bem mais a diversão que a obrigação. Mas a obrigação que é o trabalho não implica teias de aranha cranianas ou formalismos castrantes.
Vai daí, estas pernas ajustam-se em termos de roupagens pelas vontades próprias da idade e da estação. Sem mais regras ou convenções que não sejam o conforto e o clima.
Acontece que esta atitude destas pernas não é a mais comum em ambientes laborais, em regra mais timidamente escondidas por vestidos engomadinhos, saias bem mais avantajadas ou calças que, não apenas podem ser práticas como são bem mais convencionais.
Mas, direi eu, que cada par de pernas se expõe ou esconde de acordo com as suas próprias vontades e que isso é problema delas, das pernas.
Mas assim não pensa a outra metade da humanidade, aquela que tem menos por onde escolher, por convenção, e que, na esmagadora maioria dos dias do ano, usa calças. Mais fato, mais treino ou mais ganga, mas calças.
E, quando as pernas sempre escondidas vêem umas que nem tanto, mais para mais recém-chegadas a um mundo onde as calças imperam, ficam cheias de inveja. E ficam elas, as pernas, e o que as encima, mais os olhos que possuem.
E é vê-los, aos donos das pernas nas calças, com eles, os olhos, esbugalhados e fixos nas pernas novas de idade e no local.
E se é verdade que as pernas não têm ouvidos, felizmente que a cabeça que encima estas que aqui vêem também não os tem, para não ouvirem o que se diz ou disse à passagem e presença delas, das pernas.
Porque aquilo que foi dito e pensado por aquilo que encima as pernas sempre tapadas sobre as pernas por vezes desnudas, nem sempre foi bonito, agradável ou mesmo cordato e educado.
Espero que estas pernas continuem a taparem-se ou destaparem-se a seu belo prazer e não em função de convenções, comentários, invejas e cobiças!
Mas o caso passou-se com estas mesmas pernas e fiz questão de usar as protagonistas para o contar.
Suportam elas, nos seus breves e recentes vinte anos, a ingrata tarefa de percorrerem diariamente o trajecto casa/trabalho e retorno. E é ingrata porque, pela certa, lhes apetece bem mais a diversão que a obrigação. Mas a obrigação que é o trabalho não implica teias de aranha cranianas ou formalismos castrantes.
Vai daí, estas pernas ajustam-se em termos de roupagens pelas vontades próprias da idade e da estação. Sem mais regras ou convenções que não sejam o conforto e o clima.
Acontece que esta atitude destas pernas não é a mais comum em ambientes laborais, em regra mais timidamente escondidas por vestidos engomadinhos, saias bem mais avantajadas ou calças que, não apenas podem ser práticas como são bem mais convencionais.
Mas, direi eu, que cada par de pernas se expõe ou esconde de acordo com as suas próprias vontades e que isso é problema delas, das pernas.
Mas assim não pensa a outra metade da humanidade, aquela que tem menos por onde escolher, por convenção, e que, na esmagadora maioria dos dias do ano, usa calças. Mais fato, mais treino ou mais ganga, mas calças.
E, quando as pernas sempre escondidas vêem umas que nem tanto, mais para mais recém-chegadas a um mundo onde as calças imperam, ficam cheias de inveja. E ficam elas, as pernas, e o que as encima, mais os olhos que possuem.
E é vê-los, aos donos das pernas nas calças, com eles, os olhos, esbugalhados e fixos nas pernas novas de idade e no local.
E se é verdade que as pernas não têm ouvidos, felizmente que a cabeça que encima estas que aqui vêem também não os tem, para não ouvirem o que se diz ou disse à passagem e presença delas, das pernas.
Porque aquilo que foi dito e pensado por aquilo que encima as pernas sempre tapadas sobre as pernas por vezes desnudas, nem sempre foi bonito, agradável ou mesmo cordato e educado.
Espero que estas pernas continuem a taparem-se ou destaparem-se a seu belo prazer e não em função de convenções, comentários, invejas e cobiças!
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