sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Temei, oh descrentes!




É isto que vejo da minha janela quando aqui venho espreitar pela primeira vez hoje: um dia cinzento, com as nuvens a mostrarem, maldosamente, que o sol brilha lá por cima mas que o não mostrarão por completo.
O tal fim do mundo previsto pelos Maias e replicado pelos arautos da desgraça e pelos brincalhões, sem falar dos oportunistas, afinal não aconteceu. Nem era suposto acontecer.
Que aquilo que os antigos previam para esta data era o fim de um ciclo e o início de outro. Tudo o resto mais não foi que interpretações e delas sabemos haver muitas e imaginativas.
Mas numa coisa estavam os velhos Maias certos: para além de todo o mediatismo em torno do seu calendário, hoje é mesmo o fim de um ciclo e início de outro. Melhor dizendo, inicia-se hoje uma época terrível que teremos que viver, melhor ou pior.
Refiro-me, para já, a que esta foi a noite mais longa do ano, em virtude de ter acontecido o solstício de Inverno. Fruto das rotações, translações e ângulos de eixo, no hemisfério norte começou o Inverno. E, no hemisfério sul o Verão.
Fenómeno previsível com facilidade, que vem anunciado nos almanaques e que as criancinhas aprendem na escola.
Mas este novo ciclo que hoje se inicia tem mais de especial. Será o pior Inverno de que temos memória, a confirmarem-se as medidas tomadas pelo actual governo e as inércias dos cidadãos. Nada tem a ver com movimentos astrais mas tão só com conjunturas económicas, decisões político-doutrinárias tomadas por quem está, erradamente, no poder, e a incapacidade daqueles que com elas sofrem se unirem e agirem para um “basta” monumental e definitivo.

Os velhos e sábios Maias tinham razão! Hoje não é o fim do mundo mas o início de algo muito mau. Se nós deixarmos!

By me

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