É
isto que vejo da minha janela quando aqui venho espreitar pela primeira vez
hoje: um dia cinzento, com as nuvens a mostrarem, maldosamente, que o sol
brilha lá por cima mas que o não mostrarão por completo.
O
tal fim do mundo previsto pelos Maias e replicado pelos arautos da desgraça e
pelos brincalhões, sem falar dos oportunistas, afinal não aconteceu. Nem era
suposto acontecer.
Que
aquilo que os antigos previam para esta data era o fim de um ciclo e o início
de outro. Tudo o resto mais não foi que interpretações e delas sabemos haver
muitas e imaginativas.
Mas
numa coisa estavam os velhos Maias certos: para além de todo o mediatismo em
torno do seu calendário, hoje é mesmo o fim de um ciclo e início de outro.
Melhor dizendo, inicia-se hoje uma época terrível que teremos que viver, melhor
ou pior.
Refiro-me,
para já, a que esta foi a noite mais longa do ano, em virtude de ter acontecido
o solstício de Inverno. Fruto das rotações, translações e ângulos de eixo, no
hemisfério norte começou o Inverno. E, no hemisfério sul o Verão.
Fenómeno
previsível com facilidade, que vem anunciado nos almanaques e que as
criancinhas aprendem na escola.
Mas
este novo ciclo que hoje se inicia tem mais de especial. Será o pior Inverno de
que temos memória, a confirmarem-se as medidas tomadas pelo actual governo e as
inércias dos cidadãos. Nada tem a ver com movimentos astrais mas tão só com
conjunturas económicas, decisões político-doutrinárias tomadas por quem está,
erradamente, no poder, e a incapacidade daqueles que com elas sofrem se unirem
e agirem para um “basta” monumental e definitivo.
Os
velhos e sábios Maias tinham razão! Hoje não é o fim do mundo mas o início de
algo muito mau. Se nós deixarmos!
By me
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