quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bico calado




De acordo com o que li na imprensa de fim de tarde, a segunda figura do Estado, a Presidente da Assembleia da República, terá afirmado que não há imunidade parlamentar no caso Nuno Santos.
Mais adiante, e na mesma notícia, diz-se que terá ela defendido que os cidadãos podem requerer ser ouvidos à porta fechada, o que não aconteceu neste caso.

Por mim, partindo do princípio que a senhora terá razão (note-se que é uma eleita entre os eleitos, já que foram os deputados que elegeram quem ocupa o lugar) e partindo do principio que alguma vez possa vir a ser chamado a prestar declarações em tal lugar, recusar-me-ei a responder ou depor, mesmo que à porta fechada.
É sabido o que são “fugas de informação” (os jornais estão cheios de casos destes), é sabido que existem equipamentos que podem gravar imagem e som (mesmo que eu o não saiba) em tal lugar, e não quero correr riscos de vir a ser processado por emitir opiniões junto dos deputados, que, por acaso, é suposto representarem-me e protegerem-me.
Acrescente-se que penso vir a tomar posição idêntica no que a tribunais concerne, sabendo nós em que pé andam os segredos de justiça e as respectivas fugas.


By me

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