Sorte,
mas sorte mesmo, tiveram os tipos que me bateram à porta para me venderem
serviços de telecomunicações.
É
que fizeram exactamente aquilo com que embirro: tocarem a campainha e baterem
com os nós dos dedos na porta.
Tenho
para mim que esse tipo de tocar à porta é um toque de urgência, querendo dizer:
“Vem já aqui que a questão é premente!”
Quando
abri a porta atiraram-me com o sorriso número 4 e iniciaram a conversa do
costume:
“Olá,
boa noite! Nós somos…”
Não
lhes dei tempo e perguntei-lhes onde era o fogo e se ainda ía a tempo de ir
buscar o balde. Franziram o sobrolho, claro. E expliquei-lhes que essa forma de
chamar os potenciais clientes é, no mínimo, agressiva, que não gosto dela e que
tinham muita sorte que não tinha aqui comigo o revolver.
Certo!
Fui violento! Mas este tipo de coisas faz-me sair do sério e hoje não é,
exactamente, um bom dia para eu ter paciência para com as idiotices dos outros.
Ficaram
a olhar para mim com cara de espanto, titubearam uma desculpa em que constava o
chefe e foram-se. Não antes, claro, de eu mesmo fechar a porta.
Agora
imagine-se a cara deles se este pequeno episódio tem sucedido comigo aparecendo
ainda com este aspecto. Suponho que, a esta hora, ainda estivessem a correr.
By me
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