Acordar
e ir à janela. Saber como é que está o dia e tal, saber se as previsões do
tempo bateram certo ou nem por isso, ganhar coragem p’ra fazer todas aquelas
coisas que têm que ser feitas antes mesmo de virmos para a rua.
E
antes de ver o que quer que seja, antes de ouvir os ruídos do costume ou outros
novos, antes sequer de cheirar os odores suburbanos invernais, as pernas nuas
sob o roupão dizem-me, quase gritando:
“’Tá
um frio do caneco! Vai p’ra dentro!”
Tratei
de acautelar o quinto sentido, e reconfortar os restantes quatro, com uma
caneca de café quente.
By me
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