sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cinco sentidos matinais




Acordar e ir à janela. Saber como é que está o dia e tal, saber se as previsões do tempo bateram certo ou nem por isso, ganhar coragem p’ra fazer todas aquelas coisas que têm que ser feitas antes mesmo de virmos para a rua.
E antes de ver o que quer que seja, antes de ouvir os ruídos do costume ou outros novos, antes sequer de cheirar os odores suburbanos invernais, as pernas nuas sob o roupão dizem-me, quase gritando:
“’Tá um frio do caneco! Vai p’ra dentro!”
Tratei de acautelar o quinto sentido, e reconfortar os restantes quatro, com uma caneca de café quente.

By me 

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