quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Menos dois




Lá, onde eu trabalho, a informação escorre. Talvez não seja a mais completa. Talvez não seja a mais pertinente. Talvez que não seja a que mais agrada. Mas a informação escorre.
Escorre-nos p’los dedos, escorre-nos p’lo corpo, escorre p’las paredes, escorre p’las antenas e teclados.
Escorre!
É assim que fico preocupado quando vejo gente que comigo ombreia na labuta diária ignorar aspectos importantes da vida nacional. Dos que foram e dos que serão.
Bem sei que cada um tem os seus interesses. Uns p’la moda e fofoquice, outros por carros e bola, outros por artes e literatura, outros sobre ecologia e afins, outros sobre o como evitar pagar isto ou aquilo, mesmo que o devam…
Mas não saber enunciar quem são os elementos da troika ou nem desconfiar do que acontecerá no próximo sábado…
Isto não é mera ignorância do que acontece em seu redor. É desprezar de todo o que os seus concidadãos fazem, pensam e sentem, é entender que o universo se resume a eles mesmos e que o resto é acidente lamentável.
Dou de barato, ainda que me custe, que alguém não saiba de que lado fica o sul quando se está virado p’ra norte. Tal como até posso admitir que alguém pense que uma raiz quadrada é um tubérculo que estudou geometria.
Mas, p’lo menos, leiam um jornal, ou oiçam um noticiário ou vejam um telejornal de quando em vez.
Mas, e já que trabalham onde trabalham como eu mesmo, recolham um pouco do que escorre e aproveitem-no.

A lista de gente com quem acho que vale a pena conversar acaba de perder dois elementos.

By me 

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