A fotografia que aqui vedes constou, até perto das 16 horas, no meu mostruário.
Pendurada de um dos lados do artefacto “Odfashion”, é da minha predilecção, bem como da maioria dos passantes e observantes. De há um ano a esta parte.
O que me faz gostar dela em particular não é apenas a fotografia por si mesma mas também, e principalmente e cada vez mais, as histórias e estórias que lhe estão associadas.
Pois hoje, a meio da tarde, vi-me na obrigação de a retirar, com mil cuidados, do escaparate lateral, descolando-a com a ponta da navalha da fita doble-face que a suportava dentro da mica de plástico. E, depois de verificar que nenhum dano constava, ofertá-la.
É que tinha visto algumas lágrimas rolarem na face de uma mulher de uns quarenta e poucos. E misturou o sódio dessa água com a humidade dos beijos com que cobriu o plástico que a preservada.
O facto de eu nada falar de Romeno e de ela nada falar de Português não foi entrave para perceber que se tratava da mãe e avó das retratadas, que elas estavam na sua terra natal e que fazia muito que não as via.
A mesma água com o mesmo sal rolou pelas suas faces, mas desta vez a iluminar ainda mais o sorriso que se lhe rasgou de orelha a orelha.
E foi com recomendações a um qualquer deus da sua preferência (não faz falta a língua falada para o fazer entender), e com beijos repenicados no icone que guardava religiosamente que se afastou.
A tarde rendeu pouco (três fotografias e algumas mais conversas). Mas que nem uma só tivesse feito, teria valido a pena a ida ao Jardim da Estrela.
Pendurada de um dos lados do artefacto “Odfashion”, é da minha predilecção, bem como da maioria dos passantes e observantes. De há um ano a esta parte.
O que me faz gostar dela em particular não é apenas a fotografia por si mesma mas também, e principalmente e cada vez mais, as histórias e estórias que lhe estão associadas.
Pois hoje, a meio da tarde, vi-me na obrigação de a retirar, com mil cuidados, do escaparate lateral, descolando-a com a ponta da navalha da fita doble-face que a suportava dentro da mica de plástico. E, depois de verificar que nenhum dano constava, ofertá-la.
É que tinha visto algumas lágrimas rolarem na face de uma mulher de uns quarenta e poucos. E misturou o sódio dessa água com a humidade dos beijos com que cobriu o plástico que a preservada.
O facto de eu nada falar de Romeno e de ela nada falar de Português não foi entrave para perceber que se tratava da mãe e avó das retratadas, que elas estavam na sua terra natal e que fazia muito que não as via.
A mesma água com o mesmo sal rolou pelas suas faces, mas desta vez a iluminar ainda mais o sorriso que se lhe rasgou de orelha a orelha.
E foi com recomendações a um qualquer deus da sua preferência (não faz falta a língua falada para o fazer entender), e com beijos repenicados no icone que guardava religiosamente que se afastou.
A tarde rendeu pouco (três fotografias e algumas mais conversas). Mas que nem uma só tivesse feito, teria valido a pena a ida ao Jardim da Estrela.
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