Aquilo que somos é fruto de muita coisa. E existem miríades de livros que argumentam num ou noutro sentido, com esta ou aquela definição.
Por mim, entendo que somos fruto da matéria-prima de que somos originalmente feitos e que, à medida que o tempo passa e vamos vivendo, vamo-nos ajustando com as influências de que somos alvo. O caminho somos nós que o traçamos, mas os encontrões que vamos recebendo vão dando uma ajuda.
Destes encontrões, alguns sobressaem pela positiva, muito pela positiva. São exemplos, referencias, modelos que vamos seguindo porque os entendemos como importantes e a eles nos queremos igualar. Ou neles vamos bebendo.
Do pouco que sei no meu ofício, tive três mestres. A deficiência foi minha, que deles não aprendi tudo o que havia a aprender. Muito me bateram, em sentido figurado e em sentido restrito, tentando que fosse abrindo os olhos e que sentisse o que tinha em frente dos olhos antes de para lá apontar qualquer objectiva. Objectiva ou subjectivamente falando.
É que não se pode captar aquilo que se desconhece. Na melhor das hipóteses, obtém-se uma pobre fotocópia, desprovida de alma ou sentimento.
Desses olhos, através dos quais muito vi e que com os quais tentei abrir os meus, estes são um par.
O tom brincalhão, por vezes vernáculo, com que me censurava, elogiava e, principalmente, me punha a pensar questionando e questionando-me, fizeram com que os olhos da alma se me fossem abrindo. E descobrindo perspectivas ou pontos de vista sem os quais, meio cego eu era, não os encontraria.
É um prazer, passados que são mais de quinze anos de interregno no partilhar estúdios e cenários, cigarros e conversas, muitas conversas, ver estes olhos fixarem de novo o “viewfinder”, a mão firme na “rabicha do arado”, e enquadrar como poucos. Por muito banal que seja o que lhe está em frente.
Obrigado por regressares e recordares-me que, mesmo contra ventos e marés, qualidade e sensibilidade são coisas que nunca se perdem! E por continuares a dar-me na cabeça, ainda que agora branca!
Por mim, entendo que somos fruto da matéria-prima de que somos originalmente feitos e que, à medida que o tempo passa e vamos vivendo, vamo-nos ajustando com as influências de que somos alvo. O caminho somos nós que o traçamos, mas os encontrões que vamos recebendo vão dando uma ajuda.
Destes encontrões, alguns sobressaem pela positiva, muito pela positiva. São exemplos, referencias, modelos que vamos seguindo porque os entendemos como importantes e a eles nos queremos igualar. Ou neles vamos bebendo.
Do pouco que sei no meu ofício, tive três mestres. A deficiência foi minha, que deles não aprendi tudo o que havia a aprender. Muito me bateram, em sentido figurado e em sentido restrito, tentando que fosse abrindo os olhos e que sentisse o que tinha em frente dos olhos antes de para lá apontar qualquer objectiva. Objectiva ou subjectivamente falando.
É que não se pode captar aquilo que se desconhece. Na melhor das hipóteses, obtém-se uma pobre fotocópia, desprovida de alma ou sentimento.
Desses olhos, através dos quais muito vi e que com os quais tentei abrir os meus, estes são um par.
O tom brincalhão, por vezes vernáculo, com que me censurava, elogiava e, principalmente, me punha a pensar questionando e questionando-me, fizeram com que os olhos da alma se me fossem abrindo. E descobrindo perspectivas ou pontos de vista sem os quais, meio cego eu era, não os encontraria.
É um prazer, passados que são mais de quinze anos de interregno no partilhar estúdios e cenários, cigarros e conversas, muitas conversas, ver estes olhos fixarem de novo o “viewfinder”, a mão firme na “rabicha do arado”, e enquadrar como poucos. Por muito banal que seja o que lhe está em frente.
Obrigado por regressares e recordares-me que, mesmo contra ventos e marés, qualidade e sensibilidade são coisas que nunca se perdem! E por continuares a dar-me na cabeça, ainda que agora branca!
1 comentário:
O conhecimento é uma construção colectiva. O que um mestre ensina a outros mestres o deve. Os meus (e teus) mestres já não andam por cá, mas sentir-se-iam realizados por terem tido alunos que lhes dão continuidade, na sensibilidade e no prazer pelo trabalho bem feito e no empenhamento em executá-lo.
Um abraço do Zé!
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