Quem quer que queira fotografar um eclipse lunar perguntará, pela certa, qual o melhor equipamento para o fazer.
Os fotógrafos recomendarão – e bem – que uma objectiva potente e luminosa será um bom princípio.
Outros dirão – e com toda a razão – que um bom suporte de imagem com boa definição será imprescindível.
Haverá ainda quem clame - fruto de experiência - que um sólido suporte do conjunto óptica/câmara fará toda a diferença.
Pois eu acrescentarei um outro factor vital, cuja ausência foi crucial nas três tentativas que fiz, ao longo de vários anos como fotógrafo, para registar um eclipse total da Lua: Protecção contra a chuva!
Estará para acontecer a primeira vez que eu tente fazer este registo que não seja brindado com aguaceiros ou chuva copiosa, que não apenas me deixam molhado até aos ossos como inviabilizam qualquer fotografia digna de nota com o equipamento de que disponho.
Garanto que da próxima vez, daqui por dois anos, onde quer que decida fotografar o eclipse, mesmo que seja bem no meio do deserto de Atacama, estarei equipado com uma caixa estanque, calças e capote de oleado, galochas e luvas de borracha.
E, como este evento da natureza acontece bem alto no firmamento, terei também uma máscara de mergulho, que proteja a cara e a barba das chuvas, ácidas ou não, que os céus despejem!
Isto foi o melhor que consegui, por entre aceitar ficar com o cabelo encharcado e proteger a câmara com o meu chapéu. Que quando saí de casa para o descampado onde assentei arraiais, as abertas nas nuvens nada prenunciavam do que depois vivi!
Texto e imagem: by me
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