Pondo de parte o
Pai Natal (de vermelho ou de branco) e a novel imagem barroca de Jesus, também
pendurada nas janelas, as figuras da época são estas:
José, Maria e
Jesus, não forçosamente por esta ordem.
Encontram-se um
pouco (pouco mesmo) por todo o lado, sendo que os lares crentes, por esta
altura, têm um presépio montado, mais elaborado ou mais singelo.
Este é original. Construído
artesanalmente por Simão Bolívar – não, não é piada, o brasileiro em causa é mesmo
assim que se chama - é feito de pedaços de lata reciclados e arame. Tem a
peculiaridade, como todos os artigos que ele fabrica, de ser móvel, melhor, de
ter peças moveis com as quais nos delicia aquando da sua venda.
Admito que, quando
o vi, me apaixonei por este presépio. Não apenas sua singeleza (até porque não
sou crente) mas principalmente porque o elemento móvel, o berço, é encimado por
aquilo que o seu autor chama de “estrela”.
A minha deformação
profissional leva-me a ver nela antes uma antena de TV. A ironia de ver o berço
do presépio ligado à televisão é algo que não podia deixar passar. E comprei-o.
Nesta quadra
festiva, em que os valores económicos se sobrepõem aos filosóficos ou teológicos,
aqui o deixo.
By me
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