Leio um artigo
interessante onde se fala da importância (ou não) da fotografia na mudança de
rumo de certos conflitos bélicos.
De que forma essas
fotografias, das quais é icónica a da menina que corre na estrada queimada com
napalm, durante a guerra do Viet Nam, esgotaram ou não a nossa capacidade de
nos comovermos com o sofrimento alheio.
O artigo,
caustico, acaba por concluir que o impacto dessas fotografias no desfecho
desses conflitos terá sido bem menor que o especulado.
Pergunto-me como
reagiria a comunidade das redes sociais e não só, nesta época natalícia mas
também de comoção sobre as vítimas na Síria, se a artista Megumi Igarashi, em
vez de exibir artigos e estátuas inspiradas na sua própria vagina exibisse
esses mesmos artigos inspirados em vaginas mutiladas, em que o clitóris é
cortado, nalguns casos apenas arrancado. “Tradição cultural” nalguns países
africanos de influência islâmica.
Há uma notória
diferença entre civis vítimas de guerra e vítimas de mutilação genital
feminina.
Infelizmente o
segundo caso é muito pouco mediático.
Imagem roubada da
net
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