Todos nós temos
regras, por muito rebeldes ou anarquistas que nos intitulemos.
Algumas
inconscientes, como se subimos a escada encostados à esquerda ou à direita,
outras bem definidas, como o não bater em cada tipo que vemos a cometer um
disparate.
Uma das minhas
regras é ter sempre em casa uma ou mais garrafas de plástico de refrigerante. Vazias.
Tanto podem ser de meio litro, como de litro ou maiores. Têm é que ser de plástico
e estarem vazias.
Porquê?
Bem, nunca se sabe
quando chegamos a casa, já de noite e com os estabelecimentos comerciais da
zona fechados, e encontramos na soleira da porta do prédio uma vizinha a quase
entrar em pânico por ter deixado as chaves de casa em casa de manhã, com a
pressa de seguir para o emprego. E de ter a chave de reserva com uma irmã e
esta já estar na terra por via do natal.
Antes que o choro
irrompesse, e pouco faltava, tratei de confirmar qual o apartamento e se teria
mesmo deixado as chaves em casa, o que me confirmou.
Depois foi
acalma-la e dizer-lhe que ia por o meu saco a casa e que já voltaria. O que
fiz, com uma dessas garrafas numa mão e o canivete na outra.
Foi questão de a
retalhar como se vê na fotografia e usar a tira de plástico para abrir o
trinco. Em tempos usava-se uma radiografia, mas elas hoje são digitais.
Resta-me a
esperança que a minha vizinha, com a satisfação, não vá espalhar aos quatro
ventos esta minha “habilidade”, ou ainda poderei ter aborrecimentos aqui na
zona.
By me
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