Sendo que entramos
na época das tradições, aqui fica uma cá da minha autoria.
Incorre esta tradição
num erro, mas espero que me perdoem, já que não tenciono mudar uma vírgula ao
texto original, já com uns anitos.
Há muito, muito
tempo, numa terra muito, muito longe, o sr. Pilim e a srª Narta tiveram um
filho. Carinhosamente deram-lhe o nome de Dinheirinho.
Sabendo do
acontecimento e exultantes com a boa nova, de imediato três magos de reinos
distantes se dispuseram a venerar e ofertar. Vinham eles do reino do Fisco, do
reino da Banca e do reino do Comércio.
Ajoelhando-se à chegada,
logo lhe entregaram o que traziam: um cartão de crédito, um cartão de cliente e
um cartão de contribuinte. E disseram-lhe:
“Aqui tendes as
nossas oferendas. Acreditamos que com elas sereis maior e mais poderoso. Usai-as
como entenderdes.”
E assim aconteceu:
o recém-nascido cresceu, a sua palavra e influência espalhou-se pelos quatro
cantos do mundo e tornou-se omnipotente, omnipresente e omnisciente.
Os magos, por sua
vez, deram graças pelo seu desenvolvimento e trataram de erguer, em tudo quanto
é lugar, templos de veneração: Repartições de Finanças, Instituições de Crédito
e Centros Comerciais.
E hoje, todos
acorrem aos locais de culto em datas como esta, fazendo as suas preces e doando
as suas oferendas, num ritual sempre acarinhado pelos sacerdotes.
Contada esta fábula,
tenho que ir ali ao balcão agradecer com uma oferenda este bolo e bica e seguir
depois para fazer uma promessa por uns cigarritos que gastarei. Alguém aí tem
lume?
By me
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