“…Para mijar tinha escolhido um grande carvalho que espalhava a sua sombra sobre um campo à beira do pinhal. Não sabia porquê mas dava-lhe prazer mijar contra aquele carvalho. Talvez por ser uma árvore muito mais velha que ele, e o Manolo gostava que no mundo houvesse seres vivos mais velhos do que ele, mesmo que se tratasse de uma árvore. A verdade é que se sentia bem, como se uma serenidade o invadisse enquanto fazia as suas necessidades. Sentia-se em paz consigo próprio e com o universo. Aproximou-se do carvalho e urinou com alívio….”
Não é um carvalho, mas consigo sentir o descrito neste trecho do livro “A cabeça perdida de Damasceno Monteiro”, escrito por António Tabucchi.
Imagem: by me
Não é um carvalho, mas consigo sentir o descrito neste trecho do livro “A cabeça perdida de Damasceno Monteiro”, escrito por António Tabucchi.
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