quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Paixões e ódios de estimação




Sobre um assunto que está na ordem do dia mediática: As acusações, anos passados, de assédio sexual ou violação.
Porque será que, tratando-se de personagens distantes, vítimas e perpetradores, em que estes são figuras de destaque noutros países, a opinião pública e os media portugueses assumem (explícita ou implicitamente) a veracidade das acusações e quando se trata de ídolos portugueses a opinião expressa é rigorosamente a oposta?
A forma como os casos divulgados nos EUA ou em França com políticos ou figuras do mundo do espectáculo são comentadas nos jornais, nas redes sociais e nas conversas de café ou de trabalho traduzem sempre simpatia para com as mulheres, o elo mais fraco na questão (desde sempre). Mas quando se fala em figuras portuguesas, e estou a referir o caso do Ronaldo, já se opina que se trata de uma acusação oportunista, de uma tentativa de explorar a celebridade, de extorsão…
Gente: sejam coerentes nas opiniões que emitem e nos julgamentos que fazem sem factos concretos. Só porque Cristiano Ronaldo é o ídolo de Portugal (triste motivo por sinal) não lhe confere a inocência universal.
Julguem e opinem sobre o que sabem ou julgam saber com os mesmos critérios, deixando de lado paixões ou nacionalismos bacocos.



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