Tenho uma quantidade razoável de livros referentes a
fotografia. Não será uma grande biblioteca, mas já são uns quantos e abrangem
os mais variados temas e épocas.
Mas não me venham com histórias!
Por muito bem que estejam impressos, por muito confortável que
possa ser a leitura e o manuseio dos livros, não se compara com o ver essas mesmas
fotografias ao vivo. Na mão ou numa exposição.
Mesmo que exposição misture (e identifique) impressões
originais com impressões actuais, o olhar para algo que saiu, de facto, das
mãos do fotógrafo é único. É o resultado do seu trabalho, das suas decisões nas
diversas fases do processo fotográfico. Na tomada de vista, das decisões na
câmara escura, na escolha, voluntária ou não, do tamanho da impressão final…
Saber que “aquilo” saiu mesmo das mãos do fotógrafo e que se
está a olhar para aquilo que ele olhou…
Bem sei que uma das características da fotografia é a sua capacidade
de ser reproduzida. De poder estar a ser observada, ao mesmo tempo, em diversos
locais. E, com o advento da comunicação digital, em diversos locais em todo o
mundo.
Mas uma coisa é ver uma cópia, por muito boa que seja, outra
é ver um original, mesmo que não tenha sido restaurado.
Foi rigorosamente o que senti ao visitar a exposição de
Carlos Relvas, patente em Lisboa.
Mas talvez eu seja estranho na minha forma de ver a fotografia
e o tempo que ela congela.
Quanto à fotografia… Vão ver a exposição, que isto é cá
fora.
By me
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