quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Memória




Fala-se deste e daquele político, dos seus discursos e ideias, das suas práticas e envolvimentos.
Com o passar dos tempos e a memória curta dos cidadãos, os actos acabam por cair no esquecimento. Ou quase. Claro que há jornais que não esquecem, a internet para “não deixar esquecer” e alguns que nunca esquecem.
Veio agora a lume que o cidadão Ricardo Rodrigues é suspeito de favorecimento do irmão. Não seria nada de incomum não fosse o caso de ser autarca nos Açores.
E não fosse o caso de ter sido ele, enquanto deputado e incomodado com o rumo das perguntas de uns jornalistas, ter furtado os gravadores que estavam a ser utilizados.
Claro que o caso dos gravadores remonta a 2010. E claro que, depois disso, Ricardo Rodrigues se afastou (ou foi afastado) da ribalta política nacional, tendo integrado listas numa eleição autárquica, nos Açores, em que foi eleito.
Também claro que, em tribunal, a argumentação usada em sua defesa foi suficiente para que o furto não fosse punido.
Mas a memória, pelo menos a de alguns, não se apaga. E não me espanta que um deputado nacional que protagonizou o chamado “caso dos gravadores”, seja agora suspeito de, enquanto autarca, ter favorecido um familiar num negócio lá na sua terra.
A justiça funcionará de acordo com os argumentos usados e o desfecho do caso se saberá. Ou não.



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