Estar concentrado numa tarefa – operar equipamentos,
escrever, ler – e alguém que chega de novo ir interromper porque quer fazer um “aperto
de mão”. Chegam mesmo a ficar parados, de mão estendida, enquanto a tal não
respondemos. E refiro-me a gente que vamos continuar a ver o resto da jornada,
com quem iremos ombrear em tarefas colectivas.
Caramba!
O cumprimento de quem chega é coisa boa. Não obrigatória,
mas boa.
Mas interromper a concentração de alguém não o é. E eu não
gosto que me façam coisas não boas. Ou más.
Por mim, que procuro não fazer aos outros aquilo que não
gosto que me façam, em chegando ao trabalho e entrando numa sala onde estão
colegas, de saída ou de chegada, atiro para o ar um “bom dia” ou “boa tarde” e
considero todos cumprimentados. Não interrompo os afazeres de cada um e cada um
responderá – ou não – de acordo com o que está a fazer. Em regra, não
interrompendo coisa alguma.
Esta minha posição está em linha com o eu não telefonar a
ninguém depois das dez e meia ou onze da noite. A menos que seja uma urgência
desenfreada. O repouso de cada um, ou a concentração em qualquer outra tarefa a
essa hora, tenho-o por quase sagrado. E eu respeito o que entendo por sagrado,
fazendo cara feia quando não me respeitam.
Pequenas coisas que me norteiam e que me irritam quando
quebradas.
By me
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