Há por aí muita gente chocada com a questão das notícias
falsas. Tanto nos EUA, como no Brasil e até mesmo Portugal, a dar fé num artigo
de jornal.
Trata-se de notícias, criadas por jornalistas ou não
jornalistas, postas a circular nas redes sociais ou mesmo na comunicação
social, com objectivos bem claros de condicionar a opinião pública neste ou
naquele sentido.
Confesso que não entendo tanto choque ou espanto.
Numa das mais arrepiantes obras da literatura mundial – 1984
– George Orwell descreveu o ofício do principal personagem como sendo o
corrigir os arquivos dos jornais para que não entrassem em conflito com a
realidade e as notícias presentes. Por exemplo, se a inflação num dado momento
fosse de 2,5%, haveria que alterar as notícias publicadas com previsões no ano
anterior, que anteviam 2,0%. Nunca o passado poderia contradizer o presente.
Bem que gostaria de ler o que este autor escreveria se
vivesse hoje, em plena era das tecnologias de informação e das redes sociais.
A literatura, mais que forma de expressão pessoal do autor
ou deleite do leitor, é também um aviso aos vindoiros. E obras há que deveriam
ser de leitura ou conhecimento seriamente recomendado no ensino básico ou
secundário.
By me
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