Por estranho que pareça, lamento não estar a viver na zona
afectada pelo furacão este fim de semana.
Se assim fosse, faria parte daquele grande grupo de gente
que está sem comunicações e energia eléctrica. E, consequentemente, não teria
acesso as emissões televisivas.
E se não tivesse energia eléctrica nem pudesse ver televisão,
não teria visto ontem uma jornalista (será que ainda tem carteira
profissional?) num canal generalista a destilar veneno partidário e pessoal.
Bem sei que tive sempre a possibilidade de mudar de canal,
de premir o botão off, de sair do lugar. Mas confesso que tive alguma
curiosidade em ver o quão longe se pode chegar. Fiquei surpreendido.
Felizmente os comentários no sítio onde me encontrava
passaram a incidir sobre o pingente ao pescoço, pechibeque ou não, que de uma
semana para outra mudou de pistola para caveira de toiro. E, com esta
futilidade, o ódio que emanava da caixa que mudou o mundo não inundou por
completo o local.
Pergunto, sem sofisma, qual a credibilidade desta pessoa se
num futuro voltar a apresentar ou dirigir noticiários televisivos?
Imagem? – Roubada da net
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