sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Na moda

Entro numa estação de correios. Dos CTT. A tal empresa que conhecemos desde antes de nascermos e que, eventualmente, transportou missivas apaixonadas. Nossas, dos nossos pais, dos nossos avós…
Hoje os CTT são uma empresa que quase que só por acaso trata de correio. As suas lojas, antigas estações, procuram vender de tudo um pouco, incluindo uma técnica de venda de lotaria medianamente agressiva.
Tentando ocupar o anormal espaço de muitas dessas estações estão pequenos expositores ou, e para além de artigos relativos a correspondência, estão brinquedos, telemóveis e livros. Vários, muitos de “gosto duvidoso”, mas cuja classificação depende dos gostos de quem os lê e do índice de ventas.
Nesta estação em particular, um desses escaparates quase que obstrui o acesso à porta E nele, na prateleira superior, de maior visibilidade o tema do dia: Nelson Mandela. Duas biografias, de autores diferentes.
Ora batatas! O homem ainda nem arrefeceu de todo, ainda há quem não saiba da sua morte e já há quem, a milhares de quilómetros queira disso tirar partido e lucro!
Não fosse aquilo que ali fui fazer impossível de fazer noutro local, e teria chamado o responsável de loja, dito algumas das minhas, deixado escrito o que deles penso, e saído.
Em alternativa, fica aqui o meu protesto lavrado: aconteceu na estação da rua Casal Ribeiro, em Lisboa, a meio da tarde.


By me

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