“Juro, por minha honra, cumprir com lealdade as funções que me são confiadas.”
Será esta a afirmação que ouviremos proferir, tantas vezes quantos os ministros e secretários de estado que tomarão posse para o próximo governo. Lerão de pé o texto contido no livro de termos, debruçar-se-ão sobre a mesa e assinarão no respectivo espaço.
Daí em diante serão formalmente ministros ou secretários de estado e, espera-se, cumprirão o juramento prestado.
Aquilo que podemos pôr em dúvida, e a experiência a isso nos conduz, é a que é que eles juram lealdade. Ao parlamento? Ao povo que votou? Ao partido a que pertencem? Ou a nada disto mas a outros interesses não confessos?
Infelizmente, as regras da democracia em Portugal não permitem esclarecer a que foram ou serão leais. Nem, caso o compromisso ali assumido não seja cumprido, penalizar quem infringiu o juramento.
Mas ministros e secretários de estado são escolhidos indirectamente pelo povo eleitor. Bem mais grave é o que acontece com os que se candidatam directamente perante os cidadãos.
Apresentam programas eleitorais, com conteúdos e promessas, constituem listas de pessoas a eleger e é nesse conjunto que cada eleitor vota.
Mas, passado o escrutínio, as promessas são ajustadas às circunstâncias, as decisões de cada eleito nem sempre são fieis ao proposto ao povo e, tão ou mais grave que isto, pessoas há que, constantes nas listas eleitorais, cedo quando não no primeiro dia renunciam ao mandato. Sem que nada lhes aconteça. Alguns, certamente, constam nas listas porque são figuras conhecidas, não tencionando, realmente, abandonar a sua vida pessoal ou profissional para cumprir o mandato recebido.
Mas sendo que não há nenhum juramento publico antes das eleições que vincule os candidatos, não se os poderão acusar formalmente de mentirem ou de atitudes desonestas.
Aconteceu que, este ano, vimos o despudor atingir graus extremos. Havendo três eleições distintas, gente houve que se candidatou a mais que uma. Nalguns casos, estando já eleita numa outra recente e parecendo querer abandonar o cargo para partir para outros voos, nem sempre em sintonia com o interesse colectivo dos eleitores.
É uma luta desavergonhada pelo poder, por vezes tão patente e explícita que faria corar de vergonha qualquer profissional da batota de um casino.
Ou transformando os pombos em meros animais irracionais!
Texto e imagem: by me
Será esta a afirmação que ouviremos proferir, tantas vezes quantos os ministros e secretários de estado que tomarão posse para o próximo governo. Lerão de pé o texto contido no livro de termos, debruçar-se-ão sobre a mesa e assinarão no respectivo espaço.
Daí em diante serão formalmente ministros ou secretários de estado e, espera-se, cumprirão o juramento prestado.
Aquilo que podemos pôr em dúvida, e a experiência a isso nos conduz, é a que é que eles juram lealdade. Ao parlamento? Ao povo que votou? Ao partido a que pertencem? Ou a nada disto mas a outros interesses não confessos?
Infelizmente, as regras da democracia em Portugal não permitem esclarecer a que foram ou serão leais. Nem, caso o compromisso ali assumido não seja cumprido, penalizar quem infringiu o juramento.
Mas ministros e secretários de estado são escolhidos indirectamente pelo povo eleitor. Bem mais grave é o que acontece com os que se candidatam directamente perante os cidadãos.
Apresentam programas eleitorais, com conteúdos e promessas, constituem listas de pessoas a eleger e é nesse conjunto que cada eleitor vota.
Mas, passado o escrutínio, as promessas são ajustadas às circunstâncias, as decisões de cada eleito nem sempre são fieis ao proposto ao povo e, tão ou mais grave que isto, pessoas há que, constantes nas listas eleitorais, cedo quando não no primeiro dia renunciam ao mandato. Sem que nada lhes aconteça. Alguns, certamente, constam nas listas porque são figuras conhecidas, não tencionando, realmente, abandonar a sua vida pessoal ou profissional para cumprir o mandato recebido.
Mas sendo que não há nenhum juramento publico antes das eleições que vincule os candidatos, não se os poderão acusar formalmente de mentirem ou de atitudes desonestas.
Aconteceu que, este ano, vimos o despudor atingir graus extremos. Havendo três eleições distintas, gente houve que se candidatou a mais que uma. Nalguns casos, estando já eleita numa outra recente e parecendo querer abandonar o cargo para partir para outros voos, nem sempre em sintonia com o interesse colectivo dos eleitores.
É uma luta desavergonhada pelo poder, por vezes tão patente e explícita que faria corar de vergonha qualquer profissional da batota de um casino.
Ou transformando os pombos em meros animais irracionais!
Texto e imagem: by me
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