Alguém, num outro espaço da web, usou um verbo feio para o que consta por aqui: “Delatar”.
A expressão é pesada e recorda outros tempos e vivências, de má memória.
Mas também é sinónimo de “Denunciar” e “Participar”.
O objectivo deste blog é isso mesmo: denunciar, participar, delatar as situações em que os automobilistas atropelam os direitos de circulação segura dos peões.
Foi afirmado ainda, no mesmo local, que esta é uma questão de polícia e foi sugerido que se a deixe actuar.
Pois eu sugiro que se faça uma pequena experiência: Com um automóvel bloqueie-se um passeio, impedindo a passagem dos peões por ele. Ao mesmo tempo, bloqueie-se com um automóvel a saída de uma garagem particular. Em seguida, e ao mesmo tempo, telefone-se para a esquadra da PSP ou posto da GNR mais próximo e participem-se ambas as situações e peça-se a intervenção dos respectivos agentes. E verifique-se qual a situação que é atendida e qual a que é preterida.
As nossas autoridades seguem o exemplo do que afirmam os nossos políticos quando confrontados com a questão da mobilidade segura dos peões, ameaçada que está pelos automóveis: há que aumentar a fluidez do trânsito e a capacidade dos parques de estacionamento pagos. Por outras palavras (minhas), há que manter o negócio relacionado com o automóvel (vendas, combustível, assistência, manutenção de vias e outros serviços), deixando para segundo plano a mobilidade pedonal, com maior ou menor autonomia para tal.
Se os políticos, que criam as leis em nosso nome e as mandam aplicar, têm esta postura, que se pode esperar de quem as aplica, no caso as forças da ordem? Por vezes, nem mesmo quando confrontados cara a cara com as situações agem em defesa do peão.
No entanto, não nos podemos esquecer que os políticos, centrais ou autárquicos, ocupam o lugar que ocupam porque os cidadãos para tal os mandatam. Nem nos podemos esquecer que as forças da ordem são funcionários públicos ou, se preferirem, são funcionários ao serviço de todos os cidadãos. E se os mandatados e os funcionários não funcionam, resta aos mandadores e empregadores, os cidadãos, intervirem na sociedade, denunciando o que há de errado, tão alto quanto puderem, até que as situações sejam corrigidas. Quer se trate de os políticos cumprirem a vontade dos cidadãos, quer de os funcionários públicos satisfazerem as necessidades básicas dos cidadãos. Que, para além da segurança de bens, passa primeiramente pela segurança das pessoas.
E não creio que alguém tenha algum tipo de dúvida que, e para além de tudo o que diz a lei já existente, caminhar nas faixas de rodagem é atentar contra a própria segurança!
Donde a denúncia, a participação, a delação destes casos é, e para além de um grito de revolta, uma forma de tentar obrigar a que quem tem essa obrigação acautele a segurança dos cidadãos na via pública.
Texto: by me
Imagem: by me, Av. Gomes Pereira, Lisboa, 16/09/2009
A expressão é pesada e recorda outros tempos e vivências, de má memória.
Mas também é sinónimo de “Denunciar” e “Participar”.
O objectivo deste blog é isso mesmo: denunciar, participar, delatar as situações em que os automobilistas atropelam os direitos de circulação segura dos peões.
Foi afirmado ainda, no mesmo local, que esta é uma questão de polícia e foi sugerido que se a deixe actuar.
Pois eu sugiro que se faça uma pequena experiência: Com um automóvel bloqueie-se um passeio, impedindo a passagem dos peões por ele. Ao mesmo tempo, bloqueie-se com um automóvel a saída de uma garagem particular. Em seguida, e ao mesmo tempo, telefone-se para a esquadra da PSP ou posto da GNR mais próximo e participem-se ambas as situações e peça-se a intervenção dos respectivos agentes. E verifique-se qual a situação que é atendida e qual a que é preterida.
As nossas autoridades seguem o exemplo do que afirmam os nossos políticos quando confrontados com a questão da mobilidade segura dos peões, ameaçada que está pelos automóveis: há que aumentar a fluidez do trânsito e a capacidade dos parques de estacionamento pagos. Por outras palavras (minhas), há que manter o negócio relacionado com o automóvel (vendas, combustível, assistência, manutenção de vias e outros serviços), deixando para segundo plano a mobilidade pedonal, com maior ou menor autonomia para tal.
Se os políticos, que criam as leis em nosso nome e as mandam aplicar, têm esta postura, que se pode esperar de quem as aplica, no caso as forças da ordem? Por vezes, nem mesmo quando confrontados cara a cara com as situações agem em defesa do peão.
No entanto, não nos podemos esquecer que os políticos, centrais ou autárquicos, ocupam o lugar que ocupam porque os cidadãos para tal os mandatam. Nem nos podemos esquecer que as forças da ordem são funcionários públicos ou, se preferirem, são funcionários ao serviço de todos os cidadãos. E se os mandatados e os funcionários não funcionam, resta aos mandadores e empregadores, os cidadãos, intervirem na sociedade, denunciando o que há de errado, tão alto quanto puderem, até que as situações sejam corrigidas. Quer se trate de os políticos cumprirem a vontade dos cidadãos, quer de os funcionários públicos satisfazerem as necessidades básicas dos cidadãos. Que, para além da segurança de bens, passa primeiramente pela segurança das pessoas.
E não creio que alguém tenha algum tipo de dúvida que, e para além de tudo o que diz a lei já existente, caminhar nas faixas de rodagem é atentar contra a própria segurança!
Donde a denúncia, a participação, a delação destes casos é, e para além de um grito de revolta, uma forma de tentar obrigar a que quem tem essa obrigação acautele a segurança dos cidadãos na via pública.
Texto: by me
Imagem: by me, Av. Gomes Pereira, Lisboa, 16/09/2009
Sem comentários:
Enviar um comentário