“Olha! Esta fotografia foi tirada em Sintra! E esta aqui no jardim. E esta também, lá do outro lado!”
“Ora então se sabe estas, talvez me saiba dizer onde foram feitas as outras, do outro lado da câmara.”
“Fácil! Então esta foi em Belém e estas foram aqui!”
“Boa! Pois por ter acertado em todas tem direito, completamente grátis, a fazer e levar uma fotografia feita aqui mesmo e agora!”
“Então e se não tivesse acertado?”
“Também fazia, e também de borla. Mas isso é outra conversa.”
Com estas e outras larachas, entre algumas risadas e outras conversas sérias, tive a tarde bem ocupada a fotografar.
O jardim estava cheio por via do concerto promovido por umas bebidas ditas “refrescantes”. Não gosto delas, mas a música sabe bem e ver a relva e os bancos assim compostinhos, com gente de todas as idades e estratos sociais, é uma alegria.
À conta da banca que montaram para ofertar as garrafinhas e que atrai uma multidão famélica de borlas e brindes, tive que improvisar e optar por outro poiso. E aquele que uso como alternativa estava ocupado com viaturas da produção do evento, pelo que tive mesmo que escolher outro local. Optei por uma meia distancia, entre a multidão e o quiosque-esplanada, onde agora vou tomando o meu cafezinho da ordem (bem bom, por sinal!)
Pois quando cheguei do almoço, perto desta nova localização, estava este “palhaço”, a tentar fazer pela vida. O seu negócio era vender estes balões de feitios. E, apesar do seu traje, o limitado do seu artesanato não aumentava com o seu sotaque de terras de vera cruz.
Mas como já lá estava aquando da minha chegada e a nossa proximidade seria alguma, fui ter com ele para lhe perguntar se não se importaria que montasse a minha banca por perto. É que, ainda que com negócios e clientela diferentes, acabaríamos por fazer alguma concorrência recíproca. Por mim, não me importava, mas ele estava a ganhar a vida.
Pois não levantou obstáculos, que em sendo um “sem licença”, tal como eu, ser-lhe-ia difícil de o fazer. E ainda acabou por me pedir, caso me fosse possível, o fazer-lhe umas fotos dele em acção, para um eventual portfolio que queria fazer.
Mas eu mesmo estive por demais ocupado para poder fazer muito mais que isto. E que a luz também não ajudava, que os “contra-luz”, em reportagem, implicam um cuidado que não pude ter.
Aliás, estive tão ocupado que, perante o calor que se fazia sentir, fui salvo por um velho conhecido ali do jardim, que me levou uma daquelas garrafinhas plásticas. Gostasse ou não, líquidos são líquidos e eu estava sedento. E, antes de se afastar, ainda me soube dizer:
“Ora então se sabe estas, talvez me saiba dizer onde foram feitas as outras, do outro lado da câmara.”
“Fácil! Então esta foi em Belém e estas foram aqui!”
“Boa! Pois por ter acertado em todas tem direito, completamente grátis, a fazer e levar uma fotografia feita aqui mesmo e agora!”
“Então e se não tivesse acertado?”
“Também fazia, e também de borla. Mas isso é outra conversa.”
Com estas e outras larachas, entre algumas risadas e outras conversas sérias, tive a tarde bem ocupada a fotografar.
O jardim estava cheio por via do concerto promovido por umas bebidas ditas “refrescantes”. Não gosto delas, mas a música sabe bem e ver a relva e os bancos assim compostinhos, com gente de todas as idades e estratos sociais, é uma alegria.
À conta da banca que montaram para ofertar as garrafinhas e que atrai uma multidão famélica de borlas e brindes, tive que improvisar e optar por outro poiso. E aquele que uso como alternativa estava ocupado com viaturas da produção do evento, pelo que tive mesmo que escolher outro local. Optei por uma meia distancia, entre a multidão e o quiosque-esplanada, onde agora vou tomando o meu cafezinho da ordem (bem bom, por sinal!)
Pois quando cheguei do almoço, perto desta nova localização, estava este “palhaço”, a tentar fazer pela vida. O seu negócio era vender estes balões de feitios. E, apesar do seu traje, o limitado do seu artesanato não aumentava com o seu sotaque de terras de vera cruz.
Mas como já lá estava aquando da minha chegada e a nossa proximidade seria alguma, fui ter com ele para lhe perguntar se não se importaria que montasse a minha banca por perto. É que, ainda que com negócios e clientela diferentes, acabaríamos por fazer alguma concorrência recíproca. Por mim, não me importava, mas ele estava a ganhar a vida.
Pois não levantou obstáculos, que em sendo um “sem licença”, tal como eu, ser-lhe-ia difícil de o fazer. E ainda acabou por me pedir, caso me fosse possível, o fazer-lhe umas fotos dele em acção, para um eventual portfolio que queria fazer.
Mas eu mesmo estive por demais ocupado para poder fazer muito mais que isto. E que a luz também não ajudava, que os “contra-luz”, em reportagem, implicam um cuidado que não pude ter.
Aliás, estive tão ocupado que, perante o calor que se fazia sentir, fui salvo por um velho conhecido ali do jardim, que me levou uma daquelas garrafinhas plásticas. Gostasse ou não, líquidos são líquidos e eu estava sedento. E, antes de se afastar, ainda me soube dizer:
“Com essas barbas, estás cada vez mais oldfashion!”
Bem, eu uso a pelagem, o colete e a barriga, este aqui usa a maquiagem, o colorido e o sotaque. E se ele cobra umas moedas, eu cobro um sorriso.
Em qualquer dos casos, tanto no negócio dele como no meu,
Em qualquer dos casos, tanto no negócio dele como no meu,
“É p’ró menino e p’rá menina, dos 8 aos 80, bem medidos para um lado e para o outro”.
Texto e imagem: by me
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