Sabemos que Portugal, à imagem e semelhança do que vem acontecendo em muitos outros países ditos desenvolvidos, está a envelhecer.
Por outras palavras, cada vez mais os casais vêm reduzindo o número de filhos que têm ou querem ter, para já não falar naqueles que decidem de todo não os ter. Acrescente-se a isto o aumento da esperança média de vida, com o apoio social e medico que é dado aos idosos.
Na prática, isto redunda em que a idade média dos cidadãos aumenta. Com as consequências isso trás na diminuição de gente em idade produtiva, na diminuição dos montantes das contribuições que a população activa faz para o bem-estar da colectividade, no aumento bem notório das necessidades de cuidados geriátricos. E respectivas despesas. De saúde e de reformas, que bem as merecem, umas e outras.
Esta explosão demográfica negativa ou tendencialmente negativa é algo que vem ocupando pensantes, políticos e economistas. Nos motivos e nas consequências a curto, médio e longo prazo. E algumas soluções têm vindo a ser apresentadas. Recordo uma, feita para Espanha, que passava pelo aumento da aceitação de emigrantes que, oriundos de países com tradições de muitos filhos por casal, viriam não apenas trabalhar como aumentar a população juvenil.
Curioso mesmo é pensar que já grandes civilizações da antiguidade, como a Romana, tiveram problemas semelhantes com soluções equivalentes. Com a diferença que chamavam aos emigrantes “escravos”
Claro que esta questão da aceitação de migrantes tem outras vantagens, como seja a renovação do sangue. Posto de outra forma, a questão da “Raça” desaparece ao haver a mistura de origens (europeias, asiáticas, sul-americanas, africanas), sendo mais difícil será o surgimento de teorias racistas.
Mas a solução passaria, parece-me, por criar condições a que os “nativos” tenham mais vontade em procriar. Por questões económicas e de fundo e por questões de satisfação do casal. Que muitas vezes o não se ter filhos prende-se com futuro material que ele – o casal – antevê. As dificuldades de manutenção do nível social, a insegurança laboral, o aumento do custo de vida e os prognósticos pessimistas que se vão fazendo desencantam os jovens.
Porque, em boa verdade, um casal que aufira cada um 500 euros, e são tantos por aí, com os contratos a prazo e os “outsorcings”, perguntar-se-à pela certa que fará quando, no início do ano lectivo a factura de livros escolares for de 256 euros. Como desabafou comigo um colega sobre a sua filha, agora a entrar para o 7º ano de escolaridade. Ainda naquela idade em que ela, a criança, é obrigada a frequentar a escola. Para já não referir que a roupa do ano passado não serve já e que as chuvas e frio estão à porta.
Diz-se que a vida é uma rosa, com pétalas e espinhos. Os jovens, hoje, só vêem cardos, não lhes apetecendo muito esforçarem-se e continuarem a serem picados. Nem mesmo o optimismo e entusiasmo próprio da juventude em início de vida ultrapassam isso.
Texto e imagem: by me
Por outras palavras, cada vez mais os casais vêm reduzindo o número de filhos que têm ou querem ter, para já não falar naqueles que decidem de todo não os ter. Acrescente-se a isto o aumento da esperança média de vida, com o apoio social e medico que é dado aos idosos.
Na prática, isto redunda em que a idade média dos cidadãos aumenta. Com as consequências isso trás na diminuição de gente em idade produtiva, na diminuição dos montantes das contribuições que a população activa faz para o bem-estar da colectividade, no aumento bem notório das necessidades de cuidados geriátricos. E respectivas despesas. De saúde e de reformas, que bem as merecem, umas e outras.
Esta explosão demográfica negativa ou tendencialmente negativa é algo que vem ocupando pensantes, políticos e economistas. Nos motivos e nas consequências a curto, médio e longo prazo. E algumas soluções têm vindo a ser apresentadas. Recordo uma, feita para Espanha, que passava pelo aumento da aceitação de emigrantes que, oriundos de países com tradições de muitos filhos por casal, viriam não apenas trabalhar como aumentar a população juvenil.
Curioso mesmo é pensar que já grandes civilizações da antiguidade, como a Romana, tiveram problemas semelhantes com soluções equivalentes. Com a diferença que chamavam aos emigrantes “escravos”
Claro que esta questão da aceitação de migrantes tem outras vantagens, como seja a renovação do sangue. Posto de outra forma, a questão da “Raça” desaparece ao haver a mistura de origens (europeias, asiáticas, sul-americanas, africanas), sendo mais difícil será o surgimento de teorias racistas.
Mas a solução passaria, parece-me, por criar condições a que os “nativos” tenham mais vontade em procriar. Por questões económicas e de fundo e por questões de satisfação do casal. Que muitas vezes o não se ter filhos prende-se com futuro material que ele – o casal – antevê. As dificuldades de manutenção do nível social, a insegurança laboral, o aumento do custo de vida e os prognósticos pessimistas que se vão fazendo desencantam os jovens.
Porque, em boa verdade, um casal que aufira cada um 500 euros, e são tantos por aí, com os contratos a prazo e os “outsorcings”, perguntar-se-à pela certa que fará quando, no início do ano lectivo a factura de livros escolares for de 256 euros. Como desabafou comigo um colega sobre a sua filha, agora a entrar para o 7º ano de escolaridade. Ainda naquela idade em que ela, a criança, é obrigada a frequentar a escola. Para já não referir que a roupa do ano passado não serve já e que as chuvas e frio estão à porta.
Diz-se que a vida é uma rosa, com pétalas e espinhos. Os jovens, hoje, só vêem cardos, não lhes apetecendo muito esforçarem-se e continuarem a serem picados. Nem mesmo o optimismo e entusiasmo próprio da juventude em início de vida ultrapassam isso.
Texto e imagem: by me
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