A vantagem de já por cá se andar há ror de tempo é, por
exemplo, ainda nos recordarmos do significado destas letras numa tampa de
tubagem de subsolo.
E de, aos vermos isto, nos questionarmos sobre a idade real
de tal objecto.
Mas há outras vantagens, como o irmos acumulando respostas
feitas para situações várias. Como a seguinte:
A minha condição física já me permite, com cautelas, ir dar
um passeio higiénico com o cãopanheiro. Higiénico para ele e para mim.
Constatei hoje que no centro das testemunhas de jeová da
zona resolveram “atacar” esta área. E era vê-los e vê-las, em grupos de dois ou
três, passeando ou estando como se nada fosse, com os olhos alerta para uma
potencial conversa com um transeunte. O nosso passo vagaroso fez de mim um
desses.
A abordagem foi clássica e coloquial: “Olá! Como está?”, com
um sorriso simpático.
Acontece que hoje, como em quase todos os dias, não “estou”
com vontade de conversar sobre o tema que proporiam, pese embora procure sempre
encontrar fórmulas não ofensivas para o demonstrar. A que usei foi
esclarecedora, ainda que mais velha que as tampas dos TLP:
“De pé!”
Olharam para mim, olharam uma para a outra, sorriram meio
amarelo, e seguiram sem mais delongas.
Vantagem dupla para mim: não tive que as ouvir e responder,
nem tive que me esforçar em controlar o juvenil e cordial entusiasmo do
cãopanheiro.
A primeira poupou-me a cabeça, a segunda a sutura ainda
metalizada.
Mas, se elas me voltarem a abordar e me recordar dos seus
rostos, tenho um montão de respostas velhas de reserva para alternar, algumas
de minha autoria.
Vantagens de por cá andar há já uns tempos.
By me
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