Tenho que admitir que há muita gente que lamento.
Demasiadas.
Trata-se gente que não tem o prazer de ler.
É evidente que não é nem uma obrigação nem uma falha
importante nas suas vidas. O prazer de cada um é algo que o próprio tem que
descobrir e existem inúmeras formas de ter prazer, qual delas a melhor para
cada indivíduo.
Mas a leitura de bons livros (e pode-se sempre discutir o
que é um bom livro) leva o leitor a um mundo cúmplice com o autor, imaginando
tudo o mais que lá não está descrito, criando um universo muito pessoal
composto pelas palavras escritas e as imagens mentais que se criam em torno
delas.
E o que aprendemos ou apreendemos com a leitura, quer o
explícito, quer o implícito, quer mesmo aquilo que resulta da soma dos dois,
torna-nos muitos mais ricos. Ricos nas experiências que outros nos
proporcionaram, ricos na nossa capacidade de imaginar.
Esta riqueza, muito pessoal, permite a quem lê e tem prazer
nisso construir mundos novos, espalhar felicidade, estar melhor consigo e com
os outros.
O conceito de felicidade é particularmente relativo. Seja na
mesa, no estádio, na pista ou na cama.
Mas lamento haver tanta gente – tanta mesmo – que não
conhece esta felicidade: a leitura.
Eu tenho a sorte de ter livros e gente de que gosto por
perto.
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