Tal como a Segunda Circular o será sempre, mesmo que a nomeiem
com marechais ou futebolistas;
Tal como o Rossio se manterá rossio, por muitos Dons
qualquer coisa que encimem a coluna;
Tal como o Areeiro se manterá areeiro, por muitos Sá Carneiros
que plantem no seu centro;
Também o Campo Grande se manterá campo e grande, por muitos
Mários Soares que ali queiram toponimicamente sepultar.
O renomear locais, em honra de gente recente, apenas fará
confusões de orientação, desprestigiando quem ou o quê motivou o nome original.
À época em que aconteceu, entendo que tenham apagado a 28 de
Maio e passado a Forças Armadas. Tal como a ponte de Salazar passar a 25 de
Abril. Havia que erradicar da toponímica nomes e acontecimentos funestos, de má
memória.
Agora, sem motivo evidente e apenas para honrar, a correr,
alguém…
Rasguem-se novas avenidas, embelezem-se novas praças,
ergam-se novos monumentos. E honre-se, com a novidade, os grandes que foram, mesmo
que discutíveis para alguns.
Ou, então, renomeie-se o Palácio das Necessidades. Ou o de
São Bento. Ou o de Belém. Honrando assim os locais onde o homem trabalhou e
terá merecido a honra que lhe querem atribuir.
Agora o Campo Grande, que todos sabem ser campo e grande!
Talvez que estejam já a pensar em mudar o Campo Pequeno para
Eanes, quando for o momento. Ou a Praça da Figueira (cadê a figueira?) para
Sampaio, em sendo a ocasião. Ou o Regueirão dos Anjos para Cavaco, quando for a
altura. Alguma sugestão para o actual titular? Talvez o Mercado de Arroios.
By me
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