Há uns anitos valentes vi-me na contingência de ter que fazer
uma sebenta de apoio a um curso que dei.
Textos retirados de uns quantos livros, algumas páginas de
web e, suprema arrogância, traduzidos por mim com dois ou três adicionais redigidos
por mim.
Foi um trabalho de urgência, coisa que se não se coaduna com
o conteúdo que eu pretendia.
No entanto o título de tal colectânea era – e é – a pedra de
toque: “Olhar, ver, captar”.
Pouco adianta ter as melhores ferramentas, os tuturials mais
recentes e os manuais de tudo quanto se possui, se não se souber o que se quer
fazer. Mesmo que com inúmeras tentativas e erros (muitos de preferência), “ver
com a alma” é o que melhor podemos fazer.
O resto são “improvisos”, melhor ou pior orquestrados.
Restou-me a consolação de tal fraco trabalho o saber que a
maioria dos formandos de há quase vinte anos ainda possuem essa sebenta.
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