Raramente são as
palavras. Mas o tom… esse marca o ritmo, as intenções e, muito naturalmente, as
respostas.
Já escuro e à
porta do meu prédio, passam três tipos com pinta de irem para uma qualquer
festa de fim-de-ano, apesar de nem sequer serem ainda horas de jantar.
Em olhando para
mim, que levo o saco com o pão que amanhã não há, de longe afirma um bem alto:
“Éh pah! O Pai
Natal este ano vem tarde e já mudou de farda!”
Foi o tom! Foi o
tom que me levou a responder mesmo sem pensar:
“É verdade! Vesti
a farda de enfrentar paspalhões! Um bom ano, se chegarem sóbrios à meia-noite!”
Ainda estou para
saber se terão respondido.
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