sábado, 22 de junho de 2013

Talvez Maria, talvez Mary



Chiado, Lisboa, nove e meia da noite.
Sou abordado por um casal que me pede um cigarro. E acho-lhes graça.
A conversa trava-se em Inglês e eles têm “pinta” de virem de um qualquer lugar da Europa. Quando questionados sobre o de onde, respondem-me que de Lisboa. Ora batatas!
A minha insistência, naqueles dez minutos de troca de palavras, para que usássemos o nosso comum tuga como língua foi inconsequente. Mais ela que ele, insistiam em se expressar em Inglês. Fiquei na dúvida se esta opção linguística de devia a um estilo de vida dito “marginal” se ao álcool que, a esta hora, já abundava naqueles corpos. E ameaçava aumentar, a ter em conta as garrafas de vinho que tinham com eles.
Fosse como fosse, propus-lhes o “negócio” habitual: cigarro por uma fotografia. Ele não o quis, ela acedeu, brincando com o eventual “não gostar” do marido. É interessante observar como é sempre mais fácil fotografar elas que eles.
A luz disponível era a de um cartaz publicitário, fraquinha mesmo, não chegando para me concentrar no seu olhar, bonito como se vê. Fiquei-me por um retrato, o possível dadas as condições.

O que nunca saberei ao certo é se a falta de nitidez perfeita se deveu a dificuldade de foco da minha câmara de bolso, se de eu ter tremido a dita ou se por a mocinha (ou já não tanto) já não se aguentar muito firme nas pernas.

By me 

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