terça-feira, 25 de junho de 2013



Tal como chegou o calor, também chegaram os protestos contra os “incómodos” resultantes de uma greve que deverá abranger todos os sectores e todo o país.
Espero, com todo a sinceridade, que estes que protestam não recorram ao Serviço Nacional de Saúde. O tal serviço universal, que vem sendo destruído paulatinamente, e que foi criado na sequência de muitos protestos e lutas.
Tal como espero que estes que agora protestam reclamem igualmente por não trabalharem dois dias por semana. Que a semana de 5 dias e 40 horas foi conseguida depois de muitas lutas, protestos e mesmo vítimas mortais.
E, já agora, espero que os vossos filhos se fiquem pela “quarta classe”. Que o ensino básico de nove anos, universal e tendencialmente gratuito, tal como está definido na Constituição, também foi conseguido fruto de lutas, protestos, greves e confrontos.
E não se esqueçam, estes e estas que agora protestam, que poderem as mulheres votar foi conseguido depois de muitos protestos, confrontos e paralisações. Violência, mesmo.
Falta, talvez, acrescentar que estes que assim protestam podem fazê-lo porque alguns outros protestaram e tudo arriscaram para que todos o pudessem fazer.


Saibam também esses que o poder político dispõe de todas as ferramentas e armas para impor os seus desígnios e vontades. Excepto o protesto e a paralisação, antes de os cidadãos enviesarem pela via da violência.

By me 

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