Uma
das questões que mais atrapalha e comanda os comportamentos é o estar-se ou não
integrado numa dada sociedade ou grupo.
E,
com isso, controlar os seus comportamentos pelos comportamentos medianos, por
aquilo que a “sociedade” define como correcto e não criticável.
Nada
de mais errado, absurdo, contraproducente e castrante!
Esta
atitude não permite o desenvolvimento e a felicidade do indivíduo, com todas as
suas características e potencialidades!
Apenas
o transforma em mais um número, ajustando-se à mediania, com receio de ser
diferente, notado, apontado a dedo, marginalizado em última análise.
E
o erro, a meu ver e ainda ninguém argumentou e me convenceu em contrário, está
na definição de “pertencer à sociedade”!
O
que de facto acontece, e que poucos são os que o reconhecem ou afirmam e menos
ainda os que agem em conformidade, é que no lugar de se pertencer, é-se a
sociedade.
A
sociedade é o conjunto de todos, com todas as vantagens do grupo e de cada um
dos indivíduos. Não se integra a sociedade mas antes molda-se a sociedade à
medida de cada um. E a soma de todos os “uns” forma o conjunto!
A
contribuição que cada um faz nela, o empurrão que cada um dá no seu trajecto é
que define o seu rumo, as suas regras, as suas leis e os comportamentos do
todo.
Estas
não são definidas por uma qualquer entidade obscura, mítica e autocrática, mas
antes pela vivência e vontade de cada um dos seus componentes.
Andar
nu, de fraque ou com nariz vermelho e grande é igualmente legítimo!
Ter
este ou aquele comportamento apenas porque o grupo o define e não porque o
queremos, é integrar um grande rebanho onde os pastores, filósofos, gestores ou
políticos nos conduzem pela certa através de um pasto verdejante até ao
matadouro ou altar onde nos sacrificam aos seus interesses privados ou
entidades divinas.
Pela
parte que me toca, tenho comportamentos que estão de acordo ou em desacordo com
os que me cercam, não porque eles o querem ou o censuram mas antes porque eu o
quero e eu sou a sociedade.
Sem
todos os eus, a sociedade não existia!
By me
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