As coisas já não
são o que eram.
Esta bonita rosa
encontra-se a escassos 250 metros de uma escola secundária. Em tempos
chamávamos-lhe liceu e eu frequentei-o anos a fio.
Pois esta rosa
está pacatamente do outro lado de um muro baixo, junto com irmãs e primas, umas
assim, outras brancas, outras ainda cor-de-rosa. Incólumes!
No meu tempo, de
estudante, é seguro que nenhum jardim nas imediações do meu liceu teria tantas
e tão bonitas rosas!
Garantidamente que
já teriam sido colhidas, por mim ou por outros, para as oferecer às namoradas.
Sei-o porque o fiz e sei-o porque não poucas vezes me piquei, gloriosamente,
nos seus espinhos.
Dir-me-ão que
roubar rosas de um jardim é crime. Pois será! Mas é romântico!
E algum apaixonado
olha a tais minudências quando se trata de agradar à sua amada?
Pergunto-me o que
darão os garotos e rapazes de hoje ás suas namoradas, de longo ou curto prazo,
se não se atrevem a palmar uma rosa de um jardim.
De um jardim de
rua ou do jardim da vida.
By me
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