sexta-feira, 16 de junho de 2017

A rosa



As coisas já não são o que eram.
Esta bonita rosa encontra-se a escassos 250 metros de uma escola secundária. Em tempos chamávamos-lhe liceu e eu frequentei-o anos a fio.
Pois esta rosa está pacatamente do outro lado de um muro baixo, junto com irmãs e primas, umas assim, outras brancas, outras ainda cor-de-rosa. Incólumes!
No meu tempo, de estudante, é seguro que nenhum jardim nas imediações do meu liceu teria tantas e tão bonitas rosas!
Garantidamente que já teriam sido colhidas, por mim ou por outros, para as oferecer às namoradas. Sei-o porque o fiz e sei-o porque não poucas vezes me piquei, gloriosamente, nos seus espinhos.
Dir-me-ão que roubar rosas de um jardim é crime. Pois será! Mas é romântico!
E algum apaixonado olha a tais minudências quando se trata de agradar à sua amada?
Pergunto-me o que darão os garotos e rapazes de hoje ás suas namoradas, de longo ou curto prazo, se não se atrevem a palmar uma rosa de um jardim.

De um jardim de rua ou do jardim da vida.

By me

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