Entrei e comecei
por dizer:
“Boas tardes! Eu
oiço bem, pelo que não necessito dos vossos serviços. Apenas entrei para obter
uma informação.”
Sorriram as duas e
ficaram a olhar para mim com mais atenção ainda que a que me tinham dedicado
momentos antes, quando eu ficara na berma do passeio a tirar as medidas com o
olhar à montra e às montras vizinhas, fazendo cálculos históricos.
E continuei:
“Aqui, nesta mesma
loja, não funcionava dantes um fotógrafo?”
Sorriram ainda
mais e disseram que sim, mas que agora ele estava duas ruas mais acima, em
dobrando a esquina.
Fui-me em busca
dele, não sem antes fazer o registo da fachada da loja do fotógrafo que me fez
a primeira fotografia para documento de identificação.
No caso, o bilhete
de identidade, imprescindível para o exame da 4ª classe. E repare-se que, à
época, fazer esse exame, de calções e gravata, mostrando o bilhete que nos
insere no mundo dos adultos e receber, no final, o primeiro relógio de pulso…
É-se alguém, nesse dia!
Encontrei a loja onde
me disseram. Outros donos, que o original já morreu e os herdeiros trespassaram
o negócio.
Os arquivos bem
antigos? Não! Aquando da mudança foi tudo fora porque sem préstimo.
Fiz eu uma
fotografia de passe (a bem dizer quatro mais postal, por seis euros), que irei
inserir num projecto fotográfico cá dos meus.
By me
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