sábado, 16 de abril de 2016

Grito



Vejo num anúncio de um fórum a venda de uma objectiva de que nunca tinha ouvido falar. Uma Nikon 25-50 f/3.
Achei estranho tanto a amplitude focal com a abertura e fui saber mais.
Efectivamente era um erro: a objectiva tem de abertura máxima f/4, por tudo quanto pude saber.
E nunca tinha ouvido falar da objectiva porque o seu fabrico foi limitado. Esta amplitude não foi muito bem recebida porque curta, pese embora como grande-angular seja algo recomendável.
Dos fóruns e críticas que li, um texto há que me deixou com os cabelos em pé. Dizia quem escreveu, traduzido livremente:
“Há que ter cuidado em manter limpo o elemento frontal para evitar os flares.”
Ora batatas!
Manter o elemento frontal limpo é algo que deve fazer parte dos cuidados primários de qualquer fotógrafo. Ainda que não seja uma mania, saber como um fotógrafo mantém limpo o seu equipamento é uma boa pista sobre a qualidade do seu trabalho.
Por outro lado, os flares controlam-se também com o pára-sol. Por muito excelente que seja a objectiva, por excelso que seja o fotógrafo, por perfeito que seja o assunto, um pobre e humilde pára-sol pode fazer a diferença entre em muito boa fotografia e uma daquelas em que dizemos um palavrão quando olhamos para ela.
Chamem-me o que quiserem, mas as minhas objectivas têm sempre dois elementos adicionais: um filtro UV ou Skyligth e um pára-sol.
O filtro evita os danos no elemento frontal, aquando da limpeza ou poeiras ou pedrinhas que saltem inoportunamente. O pára-sol protege-me a objectiva quando tento usar a luz de que tanto gosto: de lá para cá.
Alguns fabricantes de equipamento fotográfico de consumo fazem do pára-sol um elemento extra, vendido à parte e a bom preço. Negócios! Mas nenhum fotógrafo a sério prescinde dele, mesmo que trabalhando em estúdio.


Na imagem o que poderia ter sido acidental mas que foi propositado.

By me 

Sem comentários: