Está toda a gente
preocupada com umas tais de “salutares bofetadas” e com as consequências políticas
e culturais da coisa.
No entanto, todos
os dias o Chico ameaça e concretiza na Efigénia umas higiénicas lambadas,
entregues e recebidas as mais das vezes no recato do lar e ninguém faz reparos.
Já nem a D.
Felisberta, a “correio da manha” cá do bairro, dá conta da ocorrência, de tão
regulares que são.
A coisa só se
torna mais notória quando acontece no café e uma mesa se vira, levando com ela
alguns copos de imperiais. Porque essa coisa dos cacos de vidro no chão,
sabemos todos, é perigoso por via das crianças que andam a brincar descalças.
Nessa altura há
sempre algumas almas caridosas que decidem intervir, agarrando-os e levando-os lá
para fora, onde não há copos que se partam.
Fora isto, ninguém
repara num par de chapadas, bofetadas, lambadas…
Ninguém sabe é o
que seja “salutar”, mas a Dona Francisca, da papelaria, já prometeu encomendar
um dicionário. Sempre dá um toque diferente à loja e, da próxima vez que houver
bordoada, sempre se poderá dizer que é um chavascal culto.
Imagem palmada da
net.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário