Uma ocasião, faz
tempo, comprei uma catana para umas fotografias.
Foi um bico de
obra, já que alguém se queixou que estava um tipo com uma catana na estação de
comboios e a polícia veio em força, dois mais dois, preparados para agir com as
armas se eu não a colocasse no chão e me afastasse.
O episódio acabou
em bem, depois de uma inspecção de documentos e um interrogatório em regra ali
mesmo. Até porque a catana, alfaia agrícola, estava ainda com a protecção de fábrica
e eu possuía o talão de compra.
E as explicações
que dei sobre o destino a dar a tal objecto de venda livre foram convincentes.
Mas fico sem saber
o que teria acontecido se em vez de uma catana tivesse comprado uma gadanha.
Coisa que cedo ou
tarde acontecerá, assim eu encontre uma cujo cabo me agrade e não um de moderníssimo
alumínio que não me convence. Que o simbolismo da gadanha, enquanto ferramenta
da Morte, não é inocente e ainda o irei usar.
Isto porque, e ao
contrário de uma foice convencional, a gadanha com o seu cabo longo e operada
de pé, não permite seleccionar as boas das más ervas, levando-as a todas do
mesmo modo. Assim é a Morte.
Na imagem a foice
convencional que tenho aqui por casa. A catana está noutra parede.
By me
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