Os vícios são terríveis.
São vícios!
Como o da
nicotina, que estou a tentar perder.
Ou como o da cafeína,
que ainda não decidi perder.
Ou como o da heroína,
que nunca tive pelo que nunca terei dificuldade em perder.
Ou como o do
oxigénio, que espero nunca perder pois que será definitivo junto com todos os
outros vícios, congénitos ou não.
Ou como outros vícios
adquiridos que não queremos perder, como o de fotografar, o de escrever, o de
criar, o de construir, mesmo que protestando ou porque protestando.
São estes vícios
que se me entranharam na pele sem que desse por isso ou fizesse algo por isso.
E dou comigo tão dependentes deles como de outros que, subtil mas solidamente,
também se me entranharam. Como um rosto, uma presença, uma voz, uma
proximidade.
Como qualquer vício,
também estes padecem de sintomas típicos quando em estado de carência. E
satisfação total quando a eles cedemos.
Há vícios bons!
Nota fotográfica
adicional, também fruto do vício:
Foi
particularmente divertido ver a cara de estranheza daquele casal já idoso,
sentado à minha frente no comboio, enquanto manuscrevia isto.
E muito mais
divertido ver as suas caras quando fiz a fotografia com o telemóvel.
Mas o divertir-me
com os outros e as suas reacções aos meus actos fotográficos também é um vício.
By me
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